presskit DJ Jota Wagner



domingo, 7 de março de 2010

leo clayton, eu , richard clark, jaxx and patric funk



sentado em um trem as quatro da tarde, midlands, indo para Londres. Pós md..., pos cerveja, pos working class english youth, pos underground, pos bate papos interminaveis sobre o sentido da vida, o imperio britanico, a ultima do jamie anderson.

a paisagem combina, e muito, com o johnny cash no fone de ouvido. sim. é domingo, cinco dias após meter os pés neste frio continente e finalmente tenho um tempo para escrever.

a cabeça ainda esta em uma noite que não terminou. York guarda seus segredos nos poroes, inside the city gates. uma porta boba ao lado do mais novo punk club da cidade, uma escada que leva pro basement, panos nas paredes, arcos na pista de dança, piso de madeira, fumaça e um sistema de som simplesmente espetacular. lendas vivas da cena eletronica de york, 12 anos de historia, muita gente, muita dança, muita diversão. muito entendimento do groove por pessoas comuns. muita historia. muitas historias. muitos sentimentos provocados por 30 anos de colonizacao do imperio musical britanico na minha cabeça.

chegamos na cidade as 9 da noite, apos perder o trem graças a um incrivel english breakfast preparado por dois dos meus anjos, rapha e chrys. breakfast anti ressaqueiro. a noite no East Village foi igualmente classica, inesquecivel e emblematica, mas de um jeito diferente. O East Village é o classico oldschool house club. Basement , pra 200 pessoas, piso de madeira, bar e gente dançando. musica, musica e musica. tudo sobre música. existe a moda. existe o hype. existem as gerações que mudam e se confrontam, existe tudo. mas pra mim existe a cabine. Só existe a cabine. Na cabine não há mais mundo. Lá me desintegro, e viro ar respirado pela gente na pista. Gente alegre, muito goró e muitos pulos. That´s London. That´s York. That´s life.

descer do taxi, cruzar a rua, furar a fila, cruzar a porta, checar os rostos, olhar os quadros, descer a escada, sentir a temperatura, abrir a red stripe, responder às mesmas perguntas, abrir a red stripe, sentir o clima, abrir a red stripe, colocar a primeira musica, abrir a red stripe, descer pro funky, abrir a red stripe, ouvir cantadas, abrir a redstripe ouvir os gritos, abrir a red stripe, erguer os braços, abrir a red stripe, agradecer.

cheguei em londres na sexta, antes de tocar, via eidhoven, doordretch, bruxelas e londres by train.
há conversas que são melhores que o melhor filme, que o melhor livro. há momentos em que o tempo deixa de ser tempo e vira só tempo. praça central, mesa ao sol, cervejas e cervejas, histórias e estórias. Não importa a importancia. nem o assunto. importa a conversa. o fluir de ar que sai da boca e entra pelo ouvido.

meus outros dois anjos me guardaram seguro e atento por dois dias na organizada e inteligente Eidhoven. Tio Wagner estava bem cuidado. Vinhomuitovinho e comida e conversa e conversa e conversa.

o domingo acabou com meia duzia de pints no East Village again, na noite de reggae deles que rola neste dia. bom papo com o estudioso do funk Stuart Patterson, que ainda tocou por um tempo.

such a nice time



Um comentário:

DJ GREGO BRAZIL disse...

GOSTEI MUITO! RESPECT THE DJS! ABSSAO GREGAO