presskit DJ Jota Wagner



sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O novo chegou



Acabo de receber em minhãos mãos uma bomba! São onze horas da noite de uma deliciosamente fria sexta feira e desde as dez da manhã não paro de ouvir as 5 faixas que chegaram da gravadora Eight Dimensions.

O maravilhoso promo, razão deste post, é o novo album de Hawke (alter ego do sulafricano radicado em San Francisco Gavin Hardkiss).

Porque estou tão maravilhado? Porque as 5 músicas contidas no pacote são MONSTRUOSAMENTE boas, frutos de uma mistura incomum de indie rock, psicodelismo e eletrônica de primeiríssima linha e refinado bom gosto.

Todas as faixas, quando ouvi pela primeira vez, me lembram muito Pixies... sim a super banda de Frank Black. Imaginem se no auge da banda... se logo após o lançamento de, sei lá, do Doolittle, alguem muito louco metesse estes porras numa capsula do tempo a rodar pelo sistema solar. Ao cair em marte, uma sonda captaria em 2009 sons recebidos deste planeta. "These Combinations Have Not Been Before", "Monday Comes And Goes" (a melhor de todas, na minha precoce opinião), "Hold On To What You Got", "My Mom is Your Dead", "The Silver Sun is Setting".... todas fodásticas. Seus títulos já dizem a que veio. Psicodelia moderna pura! pura! pura!

As cinco faixas enviadas a djs e radios do mundo são um sample do album, que tem mais, e eu não vejo a hora de botar a mão nisso. pra botar no som de casa, sentar na poltrona mais confortável , acender ou encher o que eu quiser do que me deixar mais atento e ouvi-lo do começo ao fim!

O nome do álbum é "+++" de Hawke (gavin hardkiss) e o selo eh o Eight Dimensions. Sai dia 20 de outubro!

Celebremos!!

Vou botar duas faixas numa pacotada só tanto no podcast da Colors no Rraurl quanto na próxima edição do Lunatic Jazz Sessions, que rola toda quinta no discotheque radio.com

um pequeno aperitivo pra vocês, a faixa "Everything Happens At The Same Time" foi usado neste ótimo video sobre o festival Coachella 2009:



domingo, 4 de outubro de 2009

Mais um texto sobre o VMB. My 2 cents!

De bobeira aqui em casa em um domingo agradavelmente melancólico, resolvi acompanhar a (deve ser a centésima) e para fugir do lugar comum, que é ficar inundando o twitter com uma metecao de pau vazia que transforma o microblog numa cozinha de fofocas de comadres, superficial e sem sentido (como acontece quase sempre, alias) e vou usar este blog para uma resenha um pouco mais pensada, mas ainda assim superficial e sem sentido.

Em primeiro lugar, coloquemos tudo em seu devido lugar. Ao comandar um premio nacional dedicado ao pop, ao rock, ao pop rock e ao rock pop, temos que lembrar que a MTV não é pop. A MTV é uma espécie de protopop, um pop de elite, da Rua Augusta, dos colégios particulares de São Paulo e dos propritarios de I Phone.

Pop é Calipso, Sertanejo de Rodeio, Tecnobrega, Funk Carioca e o pagode meloso paulistano. Dito isso, talvez a única da noite digna do termo talvez seja a neta do Francisco, protótipo de Shakira cruzando de salto alto o caminho pavimentado por Alexandre Pires: agradar brasileiro complexado pagando jabá em Miami em vez de São Paulo.

Ao separarmos a Vanessa do trigo (ou do joio?) sobra o chamado Mundo MTV, que engloba o séqüito de bandas surgidas via emissora, feita e julgada por seu público. Quando se assiste um programa como esse, quando se olha para as cadeiras de convidados, quando se tenta ver alem da superfície, percebe se como o mundo é pequeno. Como todos os pouquíssimos editores, produtores de TV, colunistas de jornal, assistentes e... bandas, tomam cerveja no mesmo boteco de São Paulo, conversam no CB, se encontram na Rua Augusta.

Sempre foi assim. Se você quer ganhar um Vmb, segue a receita. Mude pra São Paulo, divida um ape na região do sumaré, centro e proximidades. Ai comece a sair a noite, conheça todo mundo. Vire uma figurinha da noite. So então monte a banda. Não queime etapas.

Este status quo não é exclusividade de brasileiro, e nem do pop. Eu, que no começo da carreira pagava uma fortuna em revistas gringas como MixMag, Urb e afins, confesso que me senti meio otário ao chegar em Londres e ver como todo mundo conhecia todo mundo. A diferença, é que eles tem orgulho do que é produzido em sua cidade, em seu país. Estão de olhos abertos ao que acontece ali primeiro e fora depois.

Voltando ao espetáculo teve também a categoria Musica Eletrônica, que comprovou irrefutavelmente a minha teoria iniciada três parágrafos acima. O real artista do ano nem passou pela cabeça dos hypados produtores. O cara que é atualmente o mais popular artista da categoria, o que lança álbum e vira assunto no mundo todo. O que é ídolo em diversos países. O que influencia... seu nome, nem precisava dizer, é Gui Boratto.

O que acontece é que o Gui não usa tênis colorido, bonezinho hype e nem vaga pelos lugaresparaseestar da noite paulistana. Ele não participa do mundo Mtv. Logo, não existe para o VMB, sugiro eu. E nem vou esticar o assunto para Renato Cohen. Não importa quem ganhou ou quem perdeu. Importa, aqui, é o fundamentalismo fashion, em detrimento ao real tamanho de um artista. ~

E como esta é a minha cena, indispensavel dar sim parabens aos indicados e ao Nasa que ganhou. Todos tem trabalhos bacanas e nao tem culpa da mundialmente famosa bundamolisse mtvistica.l

Pobre o pais onde o ponto alto do principal premio pop é uma banda que tira onda do heavy metal. Massacration com Falcão foram ótimos. A guitarra de vassoura era incrível. Será que eles não estão nos dando um recado? Acho que tem uma mensagem subliminar ali.

Finalizando (começou o jogo do Santos x Palmeiras e eu vou encerrar prematuramente isso aqui) Franz Ferdinand, com sua postura, com seu som, com a competência individual de cada musico que sabe (todos deveriam saber, pelo amor de Deus) que existe a hora do som e a hora do silencio dentro de um compasso. Que a musica pulsa. Bem, eles sabem. E mostraram porque são o Franz Ferdinand.


ps: alguem suporta aquele jeitinho `han, o que? sou tao distraida...` da Mala Magalhaes?