presskit DJ Jota Wagner



domingo, 31 de maio de 2009

Wander A na Europa

Meu irmão, socio e parceiro Wander A, a metade mais feia do Colors Sound System, parte para o velho mundo agora em junho para duas apresentações, uma em Santiago de Compostella (La Radio) e em Londres (East Village Club).
O La Radio é um clubinho excelente na Espanha, uma das melhores festas em que ja toquei para ser sincero. O público AMA deep house e na última vez que estive lá toquei por cinco horas + 3 num after hours no Discoruta, uma outra casa da cidade. Tenho certeza que o som do Wander vai abalar as centenárias estruturas da cidade.
Já o East Village, em Londres, é a nova sensação do underground londrino. Comandado pelo Stuart Patterson (Rebel Waltz), o pico tem mega sound system, piso de madeira, é do tamanho certo para um club de house e tem uma programação impecável. Saca quem vai passar por lá alem do Wander em junho: Steve Lawler, Kenny Hawkes, Luke Solomon, Terry Francis, Unabombers e Kerry Chandler. Deu pra ter uma idéia da responsa do magrinho lá né.
Vamos botar umas fotos e vídeos aqui conforme ele for mandando.
Neste junho, portanto, não tem colors no vegas. Voltamos dia 17 de julho!!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Dois novos discos na pracinha



















Saiu este mês o In My City EP. Com 3 faixas compostas no verão 2008-2009, este disco tras impressões e sentimentos de um pobre suburbano terceiro mundista em busca de diversão.








Tais impressões cairam no gosto de mais uma turma de feras: Luke McKeehan, do império house canadene Nordic Trax, gostou do EP inteiro e prontamente incluiu no seu chart. o inglês abrasileirado Mike Parsons tambem adorou, alem do guru Renato Lopes e os amigos Mimi, Joe Silva e Sidney Gomes.








Alem das três faixas originais, "Assault" , "Hear The Noise" e "Deep Carnival", o EP ainda conta com um remix dinamite do mestre Q-Burns Abstract Message. Q-Burns foi o maior entusiasta da faixa Acid Resolution, lançada em fevereiro de 2008. Divulgou, comentou, mostrou pra amigos... e foi a partir daí que ficamos em contato. Na hora de remixar Acid Resolution, nada melhor do que pedir pro cara, que aceitou prontamente e mando um excelente deep house altamente psicodélico, com direito à voz do Timothy Leary escondidinha lá atrás discursando. Valeu Quiqui!!







A Arabica foi o primeiro selo a lançar um remix meu, na época um rework pra faixa My Lovely Dilema, do japonês Segeke.

Depois de muito tempo, eis que o selo comandado pelo DJ Kriece, da Australia, lança mais uma track, a Chroma K num single que, espero eu, rode as pistas por aí.


































sábado, 23 de maio de 2009

Entrevista BOMBA para o website Cigano




ok ok ok... o BOMBA foi só para chamar sua atenção ao post. Mas a entrevista + set mixado para o website cigano.org ficou bem legal e convido vocês a darem uma lida / escutada!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Go!, Discology, Colors, Greg Wilson, Camilo Rocha e a história



Sábado agora toquei numa noite de importância ímpar na carreira. Era uma edição especial da festa Go X Discology, organizada pelo Camilo Rocha e Claudia Assef com set oldschool do veterano Greg Wilson. A festa em sí já é um dos diamantes musicais do Vegas. Mistura uma pista principal de clássicos da dance music, um apanhado de novidades na pista dois e a experiencia jornalistodjeia do Camilo e da Claudia.


Durante a semana, o papo foi só Greg Wilson, claro. Amigos deixaram pra ir no sábado porque ia ter Greg Wilson (teve Colors sexta no Vegas) , o pessoal ficou lah em cima pq queria ver Greg Wilson (eu toquei na pista basement no mesmo horario ) , Greg Wilson pra lá, Greg Wilson pra cá... eu mesmo peguei uma hora do set dele e achei realmente fantástico e didático, apesar de aquele gravador de tape gigante que ele usa não servir basicamente para nada, alem do 'espetaculo visual'.


Mas eis que, logo após abrir a pista de baixo, desci para ver o Camilo fazer o set dele antes do meu, me posicionei no lado da caixa de som e comecei a dançar, desde a primeiríssima música até a última. Cerveja vai, cerveja vem, passinho pra lá, passinho pra cá... dois insights durante o set do homi:


Uma das coisas mais legais na carreira artística (e eu não sou o primeiro a dizer isso) é o fato de, com algum desenvolvimento e alguma sorte, poder ter o prazer de ficar amigo de alguns dos seus ídolos. Numa hora você está na pista maravilhado com os discos daquele DJ e em outra hora (mesmo que esta hora seja muitos anos depois) você está botando o seu disco depois ou antes do próprio, numa relação de sentimentos doidos.


Eu meio que sempre fui dado a idolatrias. Do tipo chorar ao assistir o anthology dos Beatles, por exemplo. Alem disso, descobri o som do Camilo logo no início da era das raves aqui em São Paulo. A paixão pelas músicas somou-se à descoberta do novo num deslumbre chapado.


Desde o inicio de tudo até hoje, Camilo Rocha mantem intactas as suas principais qualidades e elas se refletem claramente na sua música. Um discernimento perfeito do que é o underground e a cultura alternativa, contestação, posicionamento sempre marcado em relação ao que acha certo e errado em uma cena (não em um mercado) e principalmente uma genial atitude pluralista (alguem lembra desta palavra?) e inclusiva.


Esta atitude toda eu acompanho em seus textos espalhados por ai desde a época da revista General. Musicalmente é mais esporádico. Pego o cara tocando em festas meio que uma vez por ano, quando muito.


Daí veio meu duplo insight. Dançando ali do lado fui entrando numa onda, música após música, até perceber o quanto toda esta história e todos estes valores são transmitidos também como DJ pelo Camilo. Independente do estilo que o cara toca. Sejam clássicos, seja techno, acid techno, house ou electro... o lance tem uma espécia de aura, uma impressão digital alternativa que vem junto com seus discos e sua presença.


Essa sensibilidade não é exclusiva minha. Uma vez, pegamos um set dele no Tostex, eu e o Murray Richardson (Spacejunk). O Murray era vizinho do Hacienda no final dos anos 80 e pegou a história desde o comecinho. Ao ouví-lo por meio hora, comentou comigo: "caramba, o som deste cara me lembra djs das antigas que eu ouvia no começo dos anos 90". Obviamente não se tratava de um set de clássicos, mas novidades. Novidades sob o crivo e a atitude de um oldschool dj.


Resumindo: Greg Wilson é o caralho! Camilo Rocha é que fez parte da história pessoal de minhas aventuras psicodélicas nas pistas de dança do mundo. E em especial momento de valorização da cultura dance alternativa paulistana, este post é mais do que justo.



Uma hora e meia de devaneios musicofilosóficos depois, entro na cabine sagrada para botar um disco depois dele. Responsa. Gravei o set só pra saber qual seria o resultado de um trabalho pós 'warm up real'. E acho que ficou bem legal. Disponiblizo agora para quem quiser baixar.








E aproveitando o mega post. Não dava pra não deixar de falar da Colors, um dia antes no mesmo Vegas. Apresentação inspirada, bêbada e zoada do Colors Sound System. Veja o vídeo ai e sente a vibe da pista. O warm up ficou com o ótimo Daniel Dalzochio que tocou seu deep house oldschool para encher de saudades quem adora soulful house. Tem fotos tambem aqui, no picasa da Colors. Saca o Vídeo ai: