presskit DJ Jota Wagner



segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Bleeding Heart by WAGNER, Jota on MP3 and WAV at Juno Download

Bleeding Heart by WAGNER, Jota on MP3 and WAV at Juno Download



ola pessoal, tem novo EP meu nas lojas!!! Bleeding Heart, lançado pela gravadora Beat Code, da Inglaterra (este já é meu quarto lançamento pelo selo) vem com três faixas produzidas durante este louco ano. Complicated, Perfect Fever e Southern Kids são estranhas, indigestas e funky e agradou muito ao círculo de DJs envolvidos com a gravadora, entre eles Robbie Lowie, Steve Graham e Murray Richardson.

domingo, 22 de novembro de 2009

Tá no Rio? então sexta você já tem compromisso!


:)

Sexta o Colors Sound System cola no Fosfobox, para uma super festa com Asad Rizvi e Mauricio Lopes!!

A festa tem a assinatura de qualidade da Patty Lobo (Oops) e a Fosfo é uma das casas do underground carioca!

A imagem acima é uma das artes do flyer, feita pelo Ziriguidum...

E tem tambem um set novinho do Wander pra gente ir esquentando os tamburins!!
Da pra ouvir e tambem fazer download:









terça-feira, 10 de novembro de 2009

LJ016 Mike Frugaletti - Understandable EP by lunaticjazz

o novo EP da Lunatic Jazz, de Mike Frugaletti, está sendo tocado por Mark Farina, Da Sunlounge, Inland Knights e vários outros cobras do underground house.

Understandable EP está no top 100 da Stompy! Merecido porque o par de faixas contido nele é otimo.


LJ016 Mike Frugaletti - Understandable EP  by  lunaticjazz

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O novo chegou



Acabo de receber em minhãos mãos uma bomba! São onze horas da noite de uma deliciosamente fria sexta feira e desde as dez da manhã não paro de ouvir as 5 faixas que chegaram da gravadora Eight Dimensions.

O maravilhoso promo, razão deste post, é o novo album de Hawke (alter ego do sulafricano radicado em San Francisco Gavin Hardkiss).

Porque estou tão maravilhado? Porque as 5 músicas contidas no pacote são MONSTRUOSAMENTE boas, frutos de uma mistura incomum de indie rock, psicodelismo e eletrônica de primeiríssima linha e refinado bom gosto.

Todas as faixas, quando ouvi pela primeira vez, me lembram muito Pixies... sim a super banda de Frank Black. Imaginem se no auge da banda... se logo após o lançamento de, sei lá, do Doolittle, alguem muito louco metesse estes porras numa capsula do tempo a rodar pelo sistema solar. Ao cair em marte, uma sonda captaria em 2009 sons recebidos deste planeta. "These Combinations Have Not Been Before", "Monday Comes And Goes" (a melhor de todas, na minha precoce opinião), "Hold On To What You Got", "My Mom is Your Dead", "The Silver Sun is Setting".... todas fodásticas. Seus títulos já dizem a que veio. Psicodelia moderna pura! pura! pura!

As cinco faixas enviadas a djs e radios do mundo são um sample do album, que tem mais, e eu não vejo a hora de botar a mão nisso. pra botar no som de casa, sentar na poltrona mais confortável , acender ou encher o que eu quiser do que me deixar mais atento e ouvi-lo do começo ao fim!

O nome do álbum é "+++" de Hawke (gavin hardkiss) e o selo eh o Eight Dimensions. Sai dia 20 de outubro!

Celebremos!!

Vou botar duas faixas numa pacotada só tanto no podcast da Colors no Rraurl quanto na próxima edição do Lunatic Jazz Sessions, que rola toda quinta no discotheque radio.com

um pequeno aperitivo pra vocês, a faixa "Everything Happens At The Same Time" foi usado neste ótimo video sobre o festival Coachella 2009:



domingo, 4 de outubro de 2009

Mais um texto sobre o VMB. My 2 cents!

De bobeira aqui em casa em um domingo agradavelmente melancólico, resolvi acompanhar a (deve ser a centésima) e para fugir do lugar comum, que é ficar inundando o twitter com uma metecao de pau vazia que transforma o microblog numa cozinha de fofocas de comadres, superficial e sem sentido (como acontece quase sempre, alias) e vou usar este blog para uma resenha um pouco mais pensada, mas ainda assim superficial e sem sentido.

Em primeiro lugar, coloquemos tudo em seu devido lugar. Ao comandar um premio nacional dedicado ao pop, ao rock, ao pop rock e ao rock pop, temos que lembrar que a MTV não é pop. A MTV é uma espécie de protopop, um pop de elite, da Rua Augusta, dos colégios particulares de São Paulo e dos propritarios de I Phone.

Pop é Calipso, Sertanejo de Rodeio, Tecnobrega, Funk Carioca e o pagode meloso paulistano. Dito isso, talvez a única da noite digna do termo talvez seja a neta do Francisco, protótipo de Shakira cruzando de salto alto o caminho pavimentado por Alexandre Pires: agradar brasileiro complexado pagando jabá em Miami em vez de São Paulo.

Ao separarmos a Vanessa do trigo (ou do joio?) sobra o chamado Mundo MTV, que engloba o séqüito de bandas surgidas via emissora, feita e julgada por seu público. Quando se assiste um programa como esse, quando se olha para as cadeiras de convidados, quando se tenta ver alem da superfície, percebe se como o mundo é pequeno. Como todos os pouquíssimos editores, produtores de TV, colunistas de jornal, assistentes e... bandas, tomam cerveja no mesmo boteco de São Paulo, conversam no CB, se encontram na Rua Augusta.

Sempre foi assim. Se você quer ganhar um Vmb, segue a receita. Mude pra São Paulo, divida um ape na região do sumaré, centro e proximidades. Ai comece a sair a noite, conheça todo mundo. Vire uma figurinha da noite. So então monte a banda. Não queime etapas.

Este status quo não é exclusividade de brasileiro, e nem do pop. Eu, que no começo da carreira pagava uma fortuna em revistas gringas como MixMag, Urb e afins, confesso que me senti meio otário ao chegar em Londres e ver como todo mundo conhecia todo mundo. A diferença, é que eles tem orgulho do que é produzido em sua cidade, em seu país. Estão de olhos abertos ao que acontece ali primeiro e fora depois.

Voltando ao espetáculo teve também a categoria Musica Eletrônica, que comprovou irrefutavelmente a minha teoria iniciada três parágrafos acima. O real artista do ano nem passou pela cabeça dos hypados produtores. O cara que é atualmente o mais popular artista da categoria, o que lança álbum e vira assunto no mundo todo. O que é ídolo em diversos países. O que influencia... seu nome, nem precisava dizer, é Gui Boratto.

O que acontece é que o Gui não usa tênis colorido, bonezinho hype e nem vaga pelos lugaresparaseestar da noite paulistana. Ele não participa do mundo Mtv. Logo, não existe para o VMB, sugiro eu. E nem vou esticar o assunto para Renato Cohen. Não importa quem ganhou ou quem perdeu. Importa, aqui, é o fundamentalismo fashion, em detrimento ao real tamanho de um artista. ~

E como esta é a minha cena, indispensavel dar sim parabens aos indicados e ao Nasa que ganhou. Todos tem trabalhos bacanas e nao tem culpa da mundialmente famosa bundamolisse mtvistica.l

Pobre o pais onde o ponto alto do principal premio pop é uma banda que tira onda do heavy metal. Massacration com Falcão foram ótimos. A guitarra de vassoura era incrível. Será que eles não estão nos dando um recado? Acho que tem uma mensagem subliminar ali.

Finalizando (começou o jogo do Santos x Palmeiras e eu vou encerrar prematuramente isso aqui) Franz Ferdinand, com sua postura, com seu som, com a competência individual de cada musico que sabe (todos deveriam saber, pelo amor de Deus) que existe a hora do som e a hora do silencio dentro de um compasso. Que a musica pulsa. Bem, eles sabem. E mostraram porque são o Franz Ferdinand.


ps: alguem suporta aquele jeitinho `han, o que? sou tao distraida...` da Mala Magalhaes?



terça-feira, 29 de setembro de 2009

Brasil virou açúcar para as formigas grooventas



Os que compartilham comigo de um gosto incomum por grooves estranhos, sombras jazzisticas, gente louca e pequenas pistas de dança lotadas tem pela frente perspectiva de um final de ano bem divertido.


Para confraternizar com a gente, diversos ótimos DJs e produtores do mundo do underground house estarão no Brasil até dezembro. Isso significa que haverá intercâmbio músicocachaceiropsicodélico de primeira linha. Vou passar a breve lista aqui e prepare seu quadril.


Quem nos visita novamente é o pequeno grande Asad Rizvi. Asad tocou no Brasil pela primeira vez na Rebolado, ainda garoto prodígio da house, veio em companhia do Evil Eddie Richards. Asad comanda dois selos, Reverberations e Wrong Recordings, e contabiliza neste ano que esteve longe do Brasil uma bela duzia de ótimas produções e remixes. Atuais, hipnóticas, dançantes. Asad lança seu próximo EP pela nossa Lunatic Jazz, o que é uma super notícia de primeira mão. Ele toca com a gente em Jundiaí(22/out), no lançamento do CD Tao Of House Music no Wiener Bar, depois em Belo Horizonte na Discobox @ Deputamadre. dia 23. Ele tem ainda datas no Rio, no Clash em São Paulo (07.nov) e encerra a tour em Curitiba, se confirmar.


Eddie Spettro visita o Brasil na mesma época. Spettro é outro que tem uma irretocável lista de bons serviços prestados à boa dance music por selos como o ótimo Brique Rouge, por exemplo. Em sua segunda vinda ao país (toquei com o Spettro nos meus primeiros anos de discotecagem numa ótima festa em Campinas organizada pelo Mirr e amigos). Altamente recomendável! Sei que ele toca no Rio de Janeiro, vou confirmar as infos e posto aqui no blog.


Já Steve Lawler, metade do Littlemen, dupla de funky / jackin house que é um dos hits da Stompy.com (minha loja predileta) vem visitar os amigos do Anhanguera e tocam em algumas festas por aqui. Estamos tentando algo em SP pra ele, vamos ver o que rola. O tempo urge mas a vontade é grande de fazer uma salada com o cara.


Murray Richardson, mais um dos grandes amigos que fizemos pela música, nasceu exatamente na divisa entre Inglaterra e Escócia. Por uma questão de metros, é inglês. Viveu porem em Glasgow desde a juventude e agora, depois de véio, quer incluir o Brasil na sua lista de nacionalidades. O DJ se apaixonou pelo clima, pelas cidades - ... o car***0... foi pela mulher brasileira mesmo - e agora vem sempre ao país tomar muitas com a gente. Desta vez Murray fica entre dezembro e fevereiro de 2010, quando pretende ir embora totalmente ressacado pós carnaval. Tech House de primeira linha, do criador da instituição houseira inglesa, a Rebel Waltz.

Como ainda tem tempo, posto a agenda dele depois.






quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Colors Sound System - Live @ Vintage -Mp5 - Belo Horizonte by Jota Wagner

pessoal. Set ao vivaço em Belo Horizonte, na ótima festa Vintage, promovida por Daniel D. Uma hora de diversão extrema! Ouça online via soundcloud ou faça o download. é de grátis.

Colors Sound System - Live @ Vintage -Mp5 - Belo Horizonte  by  Jota Wagner

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Colors Sound System no selo Candy Music

As coisas tão andando rápido com o Colors Sound System, meu projeto de produção e tambem de apresentação com o Wander.

Saiu nesta semana passada o nosso segundo EP, depois pela gravadora que muito admiramos, a Candy Music.

A Candy é capitaneada pelo Jay West, produtor presente em 10 de 10 DJs de house underground. Baseada em Rosário, na Argentina, a Candy já lançou nomes como Random Soul e Nego Moçambique.

O nome do EP é Loves & Hates, vem com cinco remixes da faixa Yeah Mate, I Hate e a original Let Me Tell Ya. Dentre os remixes presentes, estão trabalhos dos ótimos Manual Sahagum e Christian Malloni. Imperdível.

O EP já está sendo tocado pelo superstar Mark Farina, alem de DJ Heather, Lawchair Generals, Inland Knights e DJ Dove.

escute o EP aqui

sábado, 5 de setembro de 2009

Charlie Parker e a Colors

A música Sing The Same Thing faz parte do EP Polychrome, o primeiro lançado pelo seu querido Colors Sound System, na Alemanha. Ela vem em duas versóes no disco, original e remixada pelo amigo canadense Joe Silva, que tocou na Colors em 2001.

A faixa está batendo 14o. lugar no chart de tech house da Stompy, uma loja que nem de longe é a maior do mundo, mas que é certamente uma das mais legais e mais respeitadas pela turma do underground.

Esta música foi feita um dia depois deu tocar Radio, do Mark Farina, no Wiener. Havia tempos este disco estava guardado na coleçao e lá por dezembro do ano passado, levei para fazer um revival... Fiquei prestando atençao na simplicidade e na pegada jazz da faixa. Sempre cool, sempre com um andamento legal, de estalar os dedos, de curtir chapado. Quis fazer igual!

O Sing sing sing, then i´ll be sing the same thing que você ouve durante a faixa é tirado de uma entrevista do Charlie Parker numa radio americana, onde ele fala sobre a história de tocar na América e na Europa, a diferença entre os públicos, etc.

Dá uma ouvida e vê se você gosta. As faixas deste Ep foram elogiadas por Groove Armada, Q-Burns, Asad Rizvi, Kelvin K e Jay West, entre outros.








quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Daniel Paul e minha monstruosa descoberta


Tava eu correndo atrás de música nova pro meu programa de rádio quando me deparei com uma monstruosidade em forma de música. Um álbum de um produtor que eu até então desconhecia que, em tempos de mp3, singles e eps, consegue ser nota mil do começo ao fim, da primeira à última música.


Um álbum com cara de álbum mesmo... músicas bem díspares e vocais bacanas. O nome do petardo é Night Shift, do produtor alemão Daniel Paul. Faixas com produção de nível técnico impecável, uma sonoridade gostosa que dá vontade de mastigar, e um deephouse com levadas de downtempo e oldchool hip hop.
Música fresca para ouvidos apurados. A casa recomenda. Ouçam Something About You aqui embaixo e digam se não estou errado.
Ah... e se você está lendo isso antes do feriado. Neste sábado tem Colors Sound System no Mansáo Muzik. É sempre bom.



sexta-feira, 14 de agosto de 2009

COLORS 8 ANOS! - Programação Oficial

Ufa!
Gente, o lance tá corrido demais!!
Sexta feira, 4 da tarde, pouco antes da festa de aniversário de 8 anos da Colors...
Tirei 5 minutos para passar para vocês tudo o que está fazendo parte das comemorações! E queremos você fazendo parte delas!

Festa no Vegas, nesta sexta 14.agosto
Quem mandar nome na lista ganha um CD! legal né... lista para lista@acolors.net

Matéria no Rraurl.com sobre a Colors
Os irmãozinhos do rraurl.com botaram uma materia muito legal com a gente hoje!

Podcast Especial 8 anos de Colors!
Jota e Wander contando histórias e 'causos' da festa... em duas partes

5 Videos recomendados pela Colors!
Jota e Wander separam cinco videos imperdiveis do youtube e comentam, na coluna Bate-Estaca, do Camilo Rocha

Set Especial Ao Vivo no website Deep Bleep
Tres horas de Colors Sound Systm AO VIVO no Vegas

Entrevista para o Site do Felicio Marmitex com faixa exclusiva para download
Abrimos nosso coração para o Marmitex, em uma entrevista bem legal e ainda uma faixa exclusiva do Colors Sound System pra download, Curtis X Hitchock

Album de fotos Colors Classic Pics, no Facebook
Um montão de fotos históricas da Colors

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Musica nova + musica velha

Olá geral!

Tá a venda mais um trabalho deste que humildemente voz fala. É um remix para a dupla de electro americana Soul Puncherz. A original é uma desgraceira. Electrão nervoso e barulhento (destes que eu odeio).

Foi legal no entanto, pegar as partes e transformar num remix. O resultado final ficou num funky electro do inferno. Toquei algumas vezes e gostei muito. Dentre as tres faixas do EP, esta foi a preferida dos DJs para quem o Beatcode enviou como promo. Espero que curtam!

link para ouvir: http://www.beatport.com/artist/jota+wagner


E lembram daquela faixa que liberamos para download numa campanha da Microsoft em parceria com o myspace e reverbnation. Quase 1.500 pessoas já andam com ela por ai em seus ipods. Caso vc ainda não tenha pego a sua cópia grátis, ainda dá tempo. só clicar aqui

sábado, 11 de julho de 2009

Festa! Nesta sexta no porao do Vegas


Depois de um mês de férias graças à viagem do Wander, voltamos para encher de groove classudo o simpático porão do Vegas.

Quem esteve em alguma (e principalmente nas mais recentes) festas nossas no basement do clube sabe que lá o bixo pega. Temos certeza de que vai ser mais uma noite inesquecível. A apresentação, desta vez, é do Colors Sound System. Montaremos a parafernália e vamos mandar ver. Portanto, apresentem-se quem tem coragem.

O esquema é o mesmo de sempre: você que tá ligado na gente vem vantagens enormes. Entra numa lista especial e paga somente $15 pilas pra entrar num dos clubs mais legais de São Paulo.

No lobby, rola a festa Strip Poker, do Luca Lauri. Dá pra se divertir um tantão. Nesta sexta.


Colors Sound System no Basement do Vegas.
17.julho.2009
23h
Vegas Club
rua augusta, 765 - sp
$25 (ou $15 na lista. email para lista@acolors.net)

www.acolors.net
www.vegasclub.com.br


terça-feira, 7 de julho de 2009

Malcolm Gladwell esta certo!


Esta rolando uma baita polêmica em relação ao livro "Free" do editor da revista Wired Chris Anderson. Um pouco da polêmica foi publicada no blog do Mathias e ela esta bombando entre os pensadores da atualidade porque no livro, a ser lançado esta semana, Anderson bate na tecla de que não tem jeito: queiram ou não o caminho para o conteudo de todos os gêneros na internet e ser irremediavelmente livre.
Alguns dos principais argumentos são de que os recursos eletrônicos, como a banda de internet por exemplo, são cada vez mais baratos. Outro eh que quando alguem resolver cobrar por algo, um concorrente vai aparecer dando de graça para ganhar mercado, trazendo a coisa cada vez mais pra baixo, ate chegar ao nivel de zero, free, na faixa, no vascão mesmo.
No entanto, eis que Malcolm Gladwell resenhou o livro pra New Yorker contestando estes argumentos, justificando que é cedo demais para alguem ter uma idéia tão certa sobre o assunto. No pique do pique, Seth Godin entrou na parada publicando um texto com o singelo título "Malcolm está errado". Seth e o próprio Anderson, em suas defesas à rezenha, deixaram a pintura de que Malcolm , por trabalhar numa empresa dos padrões antigos, pré internet, estaria querendo puxar a sardinha pro seu lado, garantir o pão.
Lendo um pouco da polêmica, deixo aqui minha contribuição: Malcolm está certo. Certíssimo. A idéia de música, jornais, vídeo e livros na internet totalmente de graça no futuro é balela. Obviamente, estou muito longe dos conhecimento dos economistas e pensadores pop que furunfilosoficam sobre isso todos os dias, mas sendo artista que vive de música e usa a internet para 90% do seu trabalho de auto promoção e de distribuição das músicas, tenho sim meus palpites.
- Os recursos estarão, a partir de agora, cada vez mais caros: água encanada, energia elétrica, combustíveis, papél, silício... e banda de internet. Tudo vai entrar numa onda de encarecimento gradativo com o passar dos anos. O Youtube, usado como exemplo de "serviço de graça de sucesso" , vai dar um prejú bonito de 500 milhões de dolares este ano. Logo, vai ser um exemplo de mal negócio. Logo, vai desencorajar empresas a investir nos novos negócios grátis da internet, de twitters a orkuts... e logo, vai gerar um círculo vicioso de serviços cobrados na net. Tipo... "o período de trials acabou. agora esse treco de net vai ser pra valer".
- É mais barato comprar do que baixar: ao contrário do que muitas pessoas pensam, existe um ponto de equilíbrio onde compensa pagar em vez de perder tempo procurando em torrents. A grande maioria das pessoas deste mundo, agora e no futuro, trabalham, usam a cabeça ou o corpo durante todo o dia e usam o disco do Radiohead, o seriado Lost ou o livro do Paulo Coelho como diversão e relaxamento. Ficar procurando por download grátis leva tempo, o conteúdo é por diversas vezes de má qualidade (mp3 lixo, por exemplo) e por muitas vezes é mentiroso. Tem muito músico desconhecido que faz um pacote com suas faixa, zipa o arquivo como "Rolling Stones Unreleased Tapes" e põe nos bittorrentes da vida. Comprar um album inteiro dos Stones por , digamos 3 dolares, é melhor negócio do que perder tempo pra precisa dele. O problema é que não se chegou a este preço (ainda) e nem numa forma de comercializar música com embalagem (um pack multimídia acompanhando, por ex, com making of, como fazem nos filmes). CDs em bancas de jornais de luxo e lojas de conveniência por exemplo, sempre vão vender, nem que em vez de o cd seja 'o novo pendrive do Johnny Fiasco'.
- Os Filtros São Indispensáveis: Seguindo no assunto "tempo", por mais que hajam bons blogueiros pupublicando, bons m´sicos colocando faixas grátis para download e bons videomakers botando vídeos no youtube, os filtradores de conteúdo, aqueles que separam o joio do trigo num mundo em que há muito, mas muito mais joio do que trigo são indispensáveis e, mais uma vez, para quem não tem tempo compensa pagar por um "filtrador" de conteúdo em vez de achar na raça neste oceano de porcaria. No caso da música, são os labels, as gravadoras e até mesmo lojas especializadas em downloads de subestilos. No caso da imprensa, são os veículos que disponibilizam conteúdo pago via net (muitos deles, como a The Economist por exemplo, fazendo isso com enorme sucesso). No caso do vídeo, são as TVs pagas. Sejam via cabo, via net ou que forem. Seja pra criar conteúdo ou pra separar conteúdo. Existem revistas de música e tecnologia que liberam o conteúdo via assinatura anual, muito mais barato do uqe a revista de papel. Eu digo: compensa pagar e ter acesso a tudo filtrado e com o nível de qualidade deles. Simplesmente porque a internet está inundada de artigos e reviews (mal) feitos, por gente que entende muito menos do que eu posando de expert.
- O Prato Feito Custa 7 reais: finalizando, o mais óbvio de todos os fatores pelos quais o conteúdo grátis na net nunca vai ser total (e vai diminuir!). Não dá pra descolar um saco de batatas num blog, num fórum de discussões, no orkut ou no myspace. O angú encaroça justamente no cruzamento entre a economia real e a virtual. Conteúdo é feito por gente que come, usa roupas e paga aluguel. Conteúdo bem feito demanda tempo e pesquisa, seja pra publicar um blog, seja pra caçar vídeos antigos dos trapalhões pra botar no youtube. Vai chegar uma hora que o blogueiro vai precisar ir pra cozinha, e vai ver a geladeira vazia, e ai vai parar de blogar. Neste momento, vai entrar outro no lugar dele, ainda mais inexperiente, mais incapaz e mais crú. Fazer bem feito leva tempo e, em alguns casos, leva a vida inteira. Mesmo que seja possível baixar todos os programas de pordução musical de graça no computador da sua casa, isso não significa nada em relação às horas de estudo, pesquisa e suor pra criar algo que preste. Isso significa que, passado este momento de deslumbre que vivemos com a internet, ninguem vai dar seu pão. Artista, escritor, videomaker, ninguem vai entregar o peixe e ficar com fome, compreendam. Mesmo se não for vendido mais nenhum livro no mundo em 2010, os melhores autores, acreditem, não vão arumar um emprego no supermercado. Eles sempre terão compradores para o seu conteúdo. A única coisa que falta é o ponto de equilíbrio. O preço X o tempo de achar de graça. 3 dolares não é caro por um livro do Saramago, por exempoo, nem no Quênia. E tenham certeza, é muito mais do que ele ganha por livro 'real' vendido.
Concluindo. Tudo está por um triz. Adequação de preço e formato de distribuição.

domingo, 5 de julho de 2009

O Poder do Deep House


Ontem, numa bela e fria tarde de inverno, sobre um deck bem bacana recheado de uma centena de pessoas, tive a missão de tocar discos para uma mistura de gente ambientada com um outro planeta da dance music. Uma geração que teve acesso aos beats e a cultura do DJ atraves da explosão comercial do estilo pos skol beats.

A geração Ibiza, Helvetia, Sirena, Jurerê & Camburiu. A geração do energetico, dos cruzeiros de navio tematicos.

Como todos os seres vivos dotados de racionalidade nascidos nos ultimos cem anos, eles querem se divertir.

No entanto, tão certo como quem nasce na França fala françês, este pessoal veio ao mundo (da musica de club) aprendendo que Te rem tem tem tem tem, vocais "sexy", timbres rasgados do electroclash e bootlegs de hits pop dos anos 80 são o que há de mais bacana.

Culpa de quem? A lista pode ser grande. Mas como não tenho tempo para filosofar por cinquenta paginas a fio, vou pelo lado mais simples. A culpa e do destino. As coisas foram se formando, se moldando, ano apos ano, ate que chegamos a este cenario de padronização da superficialidade.

Mas como uma tempestade que surpreende no mar, transformando o ceu azul engaivotado em um inferno negro em questao de minutos, a coisa se torna muito divertida quando aquele som, aquele timbre, aquele groove cai certo na hora certa, muda humores e mostra como e possivel comunicar-se atraves da musica.

Nestes dias eu me ligo no poder do deep house. No poder dos seus strings viajantes, sua vibração submaria e seus grooves que atravessam quase todos os preconceitos.

Grooves como estes:

Quando o bom deep house sai dos falantes numa tarde fria de inverno as pessoas se entregam. Se abrem. Ou, como dizia o professor Martinelli, "groovam". Não importa se o refrão não remete a adolescência. Não importa se os timbres não foram escutados na ultima balada. Na verdade ninguem sabe porquê. As cabeças balançam, os quadris se mexem, as pessoas se unem, homegeinizam-se ( !!! ), e viram ondas de uma mesma praia. Todos os elementos, na musica, parecem guiar-nos para a união.

Nestes momentos se entende o quão inexplicavel e o termo "groove". Nos lembramos de porque a musica atravessa todas as fronteiras e se comunica com o subconsciente do subsconsciente: os quadris!

shake shake shake.

ps: não achei o acento agudo nem a crase neste teclado! foi mal.


domingo, 28 de junho de 2009

Fiber On Line: Colors Sound System vira projeto musical e acaba de lançar seu primeiro EP

Materia sobre nosso primeiro EP, publicado no website Fiber On Line.
link original: http://www.fiberonline.com.br/blog/2009/06/colors-sound-system-vira-projeto-musical-e-acaba-de-lancar-seu-primeiro-ep/






A festa que consagrou os irmãos Wander A e Jota Wagner no cenário brasileiro da house music agora virou projeto musical e o primeiro fruto desta nova empreitada é o Polychrome EP, que vem assinado como Colors Sound System e traz seis faixas e um remix feito pelo produtor canadense Joe Silva.


O EP acabou de ser lançado pelo selo alemão Conya Records, que tem em seu catálogo DJs e produtores como Jay Tripwyre, Luckystars, Jay West e Demarkus Lewis, entre outros grandes nomes da house mundial, e já arrancou elogios de gente como Robert Owens (considerado ” a voz da house music”), Kelvin K e Russel Deek, da revista americana especializada em dance music IDJ.


A dupla investe em novos EPs que sairão ainda este ano pelo mesmo projeto, além de um CD mixado, o “The Tao of House Music”, que será lançado como parte das comemorções de oito anos da festa Colors. “Take One “, “Take Two” e o remix de Joe Silva para “Sing the Same Thing” já estão no player da Conya Records no MySpace e mostram um notável exercício eletrônico fundamentado na acid house old school, mas com um groove legitimamente deste século (em “Take One”), funk com um pé nos 70´s (”Take Two”) e uma levada mais “tech” no remix.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Faixa exclusiva do Colors Sound System para download


Colors%20Sound%20System


Quantcast O website reverbnation, em parceria com a Microsoft e o Myspace, criaram uma campanha muito bacana para apoiar artistas e bandas. Clicando aqui voce baixa gratis (sem necessidade de nenhum cadastro ou coisa assim) uma nova e inedita faixa do Colors Sound System, formado por mim em parceria com o meu irmao desde sempre Wander A.


Para cada download gratuito do publico, a Microsoft paga para o artista, numa iniciativa bem bacana. Espero que a moda pegue!!


A musica que colocamos nesta campanha e muito bacana. Chama-se Bad Condition. A quantidade de musicas por artista e limitada. Bastante limitada, alias. Portanto, corre la e pega sua copia!!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

diversos links para voce adicionar


cá vai uma séria de links que você preciiiisa adicionar ao seu favoritos-rss-quemaisfor se quiser ficar por dentro do que anda rolando com o novíssimo projeto Colors Sound System.


estamos com um novo myspace, já frequentado pelas maiores celebridades musicais, sociais, televisivas e demais tastemakers de plantão. Adiciona a gente lá!! alias, o profile ficou lindão, já com o mesmo design do .... ops, não posso contar.


tambem estamos no twitter, onde semanalmente mandamos notícias fresquinhas sobre tudo. follow nois, se você é um usuário.
facebook? tem tambem... menos bombado porque a gente não se dedicou a ele ainda (haja saco pra tanta rede social). é uma pagina de artista, onde você pode tornar-se fã (u-hu).

Boa semana a todos!!




segunda-feira, 15 de junho de 2009

Post do Wander sobre sua festa no La Radio


e o magrinho manda noticias. Melhor, manda um review sobre a festa que ele pegou no La Radio!! Eu ja tinha avisado a ele que o lugar era ouro para tocar... mas ele não acreditou no irmão mais velho!


eis:


Ato 1 - Cheguei no local cedo para poder me preparar, fui recebido muuuito bem pelo gerente da casa e por sua assistente que trabalha no club, por volta de 1 da manhã comecei a tocar e a casa estava vazia.


Ato 2 - Toquei mais ou menos uns 40 minutos e ninguem havia chegado! No local, somente o povo do club, e minha namorada Glaucia.


Ato 3 - Entra Loko, um habitué da casa muito gente boa que nós havíamos conhecido na noite anterior e diz algo em espanhou com um sorriso no rosto, algo do tipo : "Cara! Tem muita gente lá na rua! Aqui em frente!" . Não entendí bulhufas e meio que perdendo as esperanças de tocar com a casa cheia pensei: " Pô, mas por que será que ele falou tão empolgado se o povo está lá fora ao invés de aqui dentro curtinho o club e a música ? " .... Anyway, continuei tocando meu som e me conformando que mesmo tocando para 8 pessoas (O loko, minha Namorada, outros 3 que trabalham no club e mais outros 3 tios bebuns que entraram pra beber mais ainda) estava contente por ter sido convidado de uma mais uma noite na Europa e ainda por cima numa cidade maravilhosa com Santiago de Compostela e que tive o prazer de conhece-la por completo.


Ato 4 - Sabe aquela frase que diz que onde passa um boi passa uma boiada ? Pois bem .... 2 da manhã entra a boiada toda de uma vez! E que boiada !! A casa encheu por completo em 5 minutos e todos indo direto pra pista e começando a "Bailar",gritar e se divertir como um bando de doidos sedentos por House Music !! Foi incrível !! Coloquei um sorriso de orelha a orelha em minha cara, empolguei geral e acho que fiz um dos melhores sets neste ano !! Todo mundo dançando muito !! Foi Incrível !


Ato 5 - De repente o Loko sobe na cabine denovo e fala algo do tipo " Nao falei ?!! Isso aqui só acontece aqui no La Radio em Santiago meu !!" Ele dava muitas risadas e voltou para pista gritando, sorrindo, celebrando e bagunçando com todos fazendo juz ao seu apelido!


Ato 6 - De acordo com as leis da cidade o club so pode funcionar até as 4:30 da manhã sem choro, então neste horário eu finalizei meu set e todos que estavam na pista, aplaudiram, agradeceram e evacuaram o local tão rápido quanto entraram. Foi uma coisa muito mágica e doida ao mesmo tempo !


Ato 7 - E pra finalizar o DJ Jordi que é residente da casa quando o DJ Javi Real não está, veio com um pendrive, colocou na meu laptop e transferiu na hora um arquivo mp3 e me disse " Toma! Estais aqui su Trabajo ! " Fiquei mais contente ainda, pois era o meu set da noite gravado praticamente no momento exato em que a casa encheu de repente !! Posso compatilhar com voces juntamente com os videozinhos da noite que minha namorada linda fez . Escute o set e veja os videozinhos ! Vai ser muito legal voce perceber os momentos dessa noite tão incríve e única que é a noite houseira deste povo galego !!Valeus e que venha o East Village club em Londres !!
Cambio desligo wander A


quinta-feira, 11 de junho de 2009

Colors Sound System botando as asinhas de fora




Foram dados os primeiros movimentos do novo plano para dominar o mundo do novo Colors Sound System (meu projeto de producao, show e stand up comedy junto com o Wander).


Saiu semana passada o primeiro EP do projeto, chamado POLYCHROME pelo selo do qual já participei Conya Records, de Colonia, Alemanha.


Vou colar aqui um mini release do disco, que ja recebeu feedbaci de quem entende do assunto:


Colors Sound System Polychrome EP

Conya Records – Alemanha


Primeiro EP da dupla brasileira Colors Sound System, formada pelos irmãos e DJs Jota Wagner e Wander A, já faz parte do catálogo oficial da gravadora alemã Conya Records.


Já está nas lojas o primeiro disco da dupla Colors Sound System, formada pelos irmãos Jota Wagner e Wander A . O Polychrome EP vem com seis músicas escrita pela dupla mais um remix do produtor canadense Joe Silva.


O EP foi lançado pela gravadora alemã Conya Records. Alem do Colors Sound System, o selo tem em seu catálogo grandes nomes da house music mundial como Jay Tripwire, Jay West, Manuel Tur, Luckystars e Demarkus Lewis.


Logo após sua primeira semana nas lojas, as faixas do Polychrome EP já tem arrancado elogios de importantes DJs da house music mundial. O argentino com fama mundial Jay West afirmou “estar curtindo muito este EP” , Roberto Ownens, o top dj e cantor considerado “a voz da house music” escreveu que “todas as faixas são cool” na página de impressões da Conya, assim como Kelvin K, que ressaltou os timbres e influências acid house do disco comentando “Oldschool está voltando? Eu realmente espero que sim!” . Já Russel Deek , da revista IDJ magazine escreveu que “a Conya está confiável como sempre!” ao ouvir Polychrome.


A boa recepção inicial mostra que Jota Wagner e Wander A não estão para brincadeira em seu primeiro lançamento. Novos Eps estão programados ainda para este ano!!

sexta-feira, 5 de junho de 2009


O aniversário de oito anos da Colors está chegando. E para celebrar esta longa vida, algo muito importante, inédito e especial está sendo preparado.
Estou louco de vontade pra dar com a lingua nos dentes e entregar tudo, mas ainda faltam algumas confirmações para que tudo saia na grandeza que desejamos.
Portanto, fiquem atentos. Bola Oito na caçapa já já!!!

domingo, 31 de maio de 2009

Wander A na Europa

Meu irmão, socio e parceiro Wander A, a metade mais feia do Colors Sound System, parte para o velho mundo agora em junho para duas apresentações, uma em Santiago de Compostella (La Radio) e em Londres (East Village Club).
O La Radio é um clubinho excelente na Espanha, uma das melhores festas em que ja toquei para ser sincero. O público AMA deep house e na última vez que estive lá toquei por cinco horas + 3 num after hours no Discoruta, uma outra casa da cidade. Tenho certeza que o som do Wander vai abalar as centenárias estruturas da cidade.
Já o East Village, em Londres, é a nova sensação do underground londrino. Comandado pelo Stuart Patterson (Rebel Waltz), o pico tem mega sound system, piso de madeira, é do tamanho certo para um club de house e tem uma programação impecável. Saca quem vai passar por lá alem do Wander em junho: Steve Lawler, Kenny Hawkes, Luke Solomon, Terry Francis, Unabombers e Kerry Chandler. Deu pra ter uma idéia da responsa do magrinho lá né.
Vamos botar umas fotos e vídeos aqui conforme ele for mandando.
Neste junho, portanto, não tem colors no vegas. Voltamos dia 17 de julho!!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Dois novos discos na pracinha



















Saiu este mês o In My City EP. Com 3 faixas compostas no verão 2008-2009, este disco tras impressões e sentimentos de um pobre suburbano terceiro mundista em busca de diversão.








Tais impressões cairam no gosto de mais uma turma de feras: Luke McKeehan, do império house canadene Nordic Trax, gostou do EP inteiro e prontamente incluiu no seu chart. o inglês abrasileirado Mike Parsons tambem adorou, alem do guru Renato Lopes e os amigos Mimi, Joe Silva e Sidney Gomes.








Alem das três faixas originais, "Assault" , "Hear The Noise" e "Deep Carnival", o EP ainda conta com um remix dinamite do mestre Q-Burns Abstract Message. Q-Burns foi o maior entusiasta da faixa Acid Resolution, lançada em fevereiro de 2008. Divulgou, comentou, mostrou pra amigos... e foi a partir daí que ficamos em contato. Na hora de remixar Acid Resolution, nada melhor do que pedir pro cara, que aceitou prontamente e mando um excelente deep house altamente psicodélico, com direito à voz do Timothy Leary escondidinha lá atrás discursando. Valeu Quiqui!!







A Arabica foi o primeiro selo a lançar um remix meu, na época um rework pra faixa My Lovely Dilema, do japonês Segeke.

Depois de muito tempo, eis que o selo comandado pelo DJ Kriece, da Australia, lança mais uma track, a Chroma K num single que, espero eu, rode as pistas por aí.


































sábado, 23 de maio de 2009

Entrevista BOMBA para o website Cigano




ok ok ok... o BOMBA foi só para chamar sua atenção ao post. Mas a entrevista + set mixado para o website cigano.org ficou bem legal e convido vocês a darem uma lida / escutada!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Go!, Discology, Colors, Greg Wilson, Camilo Rocha e a história



Sábado agora toquei numa noite de importância ímpar na carreira. Era uma edição especial da festa Go X Discology, organizada pelo Camilo Rocha e Claudia Assef com set oldschool do veterano Greg Wilson. A festa em sí já é um dos diamantes musicais do Vegas. Mistura uma pista principal de clássicos da dance music, um apanhado de novidades na pista dois e a experiencia jornalistodjeia do Camilo e da Claudia.


Durante a semana, o papo foi só Greg Wilson, claro. Amigos deixaram pra ir no sábado porque ia ter Greg Wilson (teve Colors sexta no Vegas) , o pessoal ficou lah em cima pq queria ver Greg Wilson (eu toquei na pista basement no mesmo horario ) , Greg Wilson pra lá, Greg Wilson pra cá... eu mesmo peguei uma hora do set dele e achei realmente fantástico e didático, apesar de aquele gravador de tape gigante que ele usa não servir basicamente para nada, alem do 'espetaculo visual'.


Mas eis que, logo após abrir a pista de baixo, desci para ver o Camilo fazer o set dele antes do meu, me posicionei no lado da caixa de som e comecei a dançar, desde a primeiríssima música até a última. Cerveja vai, cerveja vem, passinho pra lá, passinho pra cá... dois insights durante o set do homi:


Uma das coisas mais legais na carreira artística (e eu não sou o primeiro a dizer isso) é o fato de, com algum desenvolvimento e alguma sorte, poder ter o prazer de ficar amigo de alguns dos seus ídolos. Numa hora você está na pista maravilhado com os discos daquele DJ e em outra hora (mesmo que esta hora seja muitos anos depois) você está botando o seu disco depois ou antes do próprio, numa relação de sentimentos doidos.


Eu meio que sempre fui dado a idolatrias. Do tipo chorar ao assistir o anthology dos Beatles, por exemplo. Alem disso, descobri o som do Camilo logo no início da era das raves aqui em São Paulo. A paixão pelas músicas somou-se à descoberta do novo num deslumbre chapado.


Desde o inicio de tudo até hoje, Camilo Rocha mantem intactas as suas principais qualidades e elas se refletem claramente na sua música. Um discernimento perfeito do que é o underground e a cultura alternativa, contestação, posicionamento sempre marcado em relação ao que acha certo e errado em uma cena (não em um mercado) e principalmente uma genial atitude pluralista (alguem lembra desta palavra?) e inclusiva.


Esta atitude toda eu acompanho em seus textos espalhados por ai desde a época da revista General. Musicalmente é mais esporádico. Pego o cara tocando em festas meio que uma vez por ano, quando muito.


Daí veio meu duplo insight. Dançando ali do lado fui entrando numa onda, música após música, até perceber o quanto toda esta história e todos estes valores são transmitidos também como DJ pelo Camilo. Independente do estilo que o cara toca. Sejam clássicos, seja techno, acid techno, house ou electro... o lance tem uma espécia de aura, uma impressão digital alternativa que vem junto com seus discos e sua presença.


Essa sensibilidade não é exclusiva minha. Uma vez, pegamos um set dele no Tostex, eu e o Murray Richardson (Spacejunk). O Murray era vizinho do Hacienda no final dos anos 80 e pegou a história desde o comecinho. Ao ouví-lo por meio hora, comentou comigo: "caramba, o som deste cara me lembra djs das antigas que eu ouvia no começo dos anos 90". Obviamente não se tratava de um set de clássicos, mas novidades. Novidades sob o crivo e a atitude de um oldschool dj.


Resumindo: Greg Wilson é o caralho! Camilo Rocha é que fez parte da história pessoal de minhas aventuras psicodélicas nas pistas de dança do mundo. E em especial momento de valorização da cultura dance alternativa paulistana, este post é mais do que justo.



Uma hora e meia de devaneios musicofilosóficos depois, entro na cabine sagrada para botar um disco depois dele. Responsa. Gravei o set só pra saber qual seria o resultado de um trabalho pós 'warm up real'. E acho que ficou bem legal. Disponiblizo agora para quem quiser baixar.








E aproveitando o mega post. Não dava pra não deixar de falar da Colors, um dia antes no mesmo Vegas. Apresentação inspirada, bêbada e zoada do Colors Sound System. Veja o vídeo ai e sente a vibe da pista. O warm up ficou com o ótimo Daniel Dalzochio que tocou seu deep house oldschool para encher de saudades quem adora soulful house. Tem fotos tambem aqui, no picasa da Colors. Saca o Vídeo ai:











terça-feira, 28 de abril de 2009

Segredos da Colors de 1o. de Maio


Caraca, tem tanta coisa para escrever e tão pouco tempo! Semana que vem prometo que posto um belo dum texto com muita informação (im)pertinente esta cultura que nos move. Literalmente.



Sexta tem Colors no Vegas, no meio do feriado de 1o. de maio e de Virada Cultural. No line up, show do Colors Sound System, sets de Jota Wagner e Wander A e o warm de nosso convidado especial, Dj Daniel Dalzochio

Quem tem acompanhado a Colors tem recebido com entusiasmo a nova onda de super talentos que estamos mostrando para São Paulo. Um sopro de ar fresco na cena house brasileira.

Daniel Dalzochio é mais um da turma. Não é um 'novo talento' como DJ, já que DD já se apresentou nos Estados Unidos e Japão, alem de ter sido residente em Acapulco, Méximo.

O gaúcho de Farroupilha está vivendo em Sampa tem algum tempo. Já tocou na Bacana do Bar 8 tempos atrás e agradou muito. Agora é a vez de mostrar seu groove novaiorquino na Colors.

Mande seu nome para nossa lista@acolors.net e caia na gandaia com a gente.

No porão, rola a divertida Baixaria, dos djs Felicio Marmitex e Bruno Berlusconi. Emperdével aniuei





quinta-feira, 23 de abril de 2009

Novo disco do Asad Rizvi: Is That My Wig / Lost In Tranzit

Quem ouviu o último podcast da Colors no Rraurl possivelmente prestou atenção na música Is That My Wig, nova do Asad Rizvi que estará nas lojas dia 28 de abril no EP Is That My Wig / Lost In Tranzit. O petardo sai pela gravadora do próprio Asad, a Wrong Recordings.
Na semana de lançamento do disco, convido você a dar uma ouvida nas músicas no myspace do homi e digam se não estou errado ao dizer que se trata do mais moderno e delicioso groove possível. Tenho tocado em todas as festas e tocado com tesão (hmm....). Ambas são deliciosas mas minha escolha (não unânime, como você vai ver nas reações abaixo) é Is That My Wig.
Asad apareceu como um prodigio da famosa onda tech house inglesa dos 90. Construiu uma discografia respeitavel com vários clássicos do underground e é velho conhecido dos brasileiros. Já excurcionou por aqui umas oito vezes.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Novo Disco: Beacode 041 - É meu!!


Eis meu novo disco: Kesey Tapes / Pot Head, lançados pelo selo Beatcode, um sublabel da famosa Low Pressings, capitaneada por Chas Flow Burns e Robbie Lowie.



As faixas foram bem recebida pelos djs por ai e já está no case de gente como Dave Mothersole e outros cobras do Tech House. Leia abaixo algumas impressoes:



Miss Nine: Great Release love it.
Steve Graham: great release, love the Marvin Gaye sample, very well done
DJ Meri (Rulers of the Deep): nice groove, feelin kesey tapes! cheers :)
Kenny Substance: nice ep ! kesey tapes sounds cool.
John Davis: C'mon this isn't fair the people don't have chance, they are compelled to dance when KeseyTapes is dropped. Top stuff indeed!!
Juska Wendland (Radio 1, Finland): Pothead's bassline is groovy. Rocks.






Eu, particularmente, gosto muito destas duas faixas. O que é bem difícil já que meu complexo de viralatas me faz sempre desgostar de qualquer coisa que eu faço, coisa que só $$$$ de terapia vão resolver um dia. Por enquanto, uso isso como uma poderosa ferramenta (que falha várias vezes) para não fazer merda.


Kesey Tapes é bem acida e psicodélica. Uma mistura de disco com acid house com um pouquinho de Lysergsäurediethylamid da época em que eu era jovem, magro e tolo.
Pot Head é mais tech, tem um engraçado sample de voz tirado do documentario "Grass, the history of Marijuana" que o Quark que deu um dia. Tenta sem moderna. Até que é um EP bem chapado, considerando as referências.




Ouça clicando aqui. O EP está entre os mais vendidos do Beatcode.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Aleluia! Sexta tem Santa Colors


Sexta feira tem mais uma edição da Colors. Começa quase meia noite, final de sexta feira santa e quarentena e sábado de ALELUIA! Ou seja: pra você que passou quarenta dias jejuando, vai ser um festão como poucos.



E pra todos (e são muitos) que vão evitar a mega muvuca litoranea que assola todas as praias de São Paulo em feriados como estes, a Colors tambem vai ser um festão. Pouquíssimos tem o privilégio que eu tenho de pegar meu helicópitro e voar até Jurerê Internacional rasgar nota de vinte. Portanto, a Colors no Vegas sextinha vai ser maravilhosa como todas as anteriores, tenho certeza!.


Não esqueça de mandar um email para lista@acolors.net colocando seu nome e dos amigos na nossa super lista desconto ($15). E divirta-se! Preparamos o melhor para você.
Alem de apresentação minha, do Wander A e a dobradinha Colors Sound System, convidamos tambem DJ Bruna Moura , de Campo Grande..


A Bruna tocou com a gente lá no Garage, o melhor clube de lá, junto com o André X. Acho que ha uns tres anos atrás. Lembro que ficamos surpresos com a qualidade do set dela. Hora de você tambem curtir..

Todas as infos da festa estão em http://www.acolors.net/ . Se você não sabe como é uma Colors no Vegas, veja este vídeo da edição passada.


segunda-feira, 30 de março de 2009

Jota Wagner convidado do programa AM DJs - Ouça



Dia desses fui convidado pelos produtores do programa AMDJs para fazer um dj mix como convidado e uma pequena entrevista.


O programa é produzido em São Petersburgo, na Russia. Originalmente feito para a rádio Club FM , hoje o show dedicado à dance music underground é retransmitido para todo o país através de quatro outras FM parceiras.


Subi o show no player acima. Ótima oportunidade para ouvir um set novinho e exclusivo, alem de treinar um pouco o seu russo, que deve estar enferrujado, né?



Divirtam-se!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Podcast do Brett Johnson


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Boa música nunca é demais. Este player acima toca o podcast do Dj Brett Johnson. Altamente recomendado por mim para quem gosta de um groove pra lá de experimental. Esta edição é de novembro de 2008, dá pra assinar e receber as atualizações tambem.
Bem, dá liscença que eu vou dançar um pouco agora.


quarta-feira, 25 de março de 2009

Materia legal no Fiber On Line

Saiu esta esta semana no ótimo Fiber On Line um artigo falando sobre a Lunatic Jazz e tambem sobre este que humildemente vos escreve. Vale a pena conferir a matéria do Luis Depeche!

A casa agradece:

Entre os principais selos brasileiros dedicados à produção nacional de underground house está o Lunatic Jazz, criado pelo DJ e produtor Jota Wagner. Junto com o irmão e também DJ Wander A. , ele é responsável pelo sucesso, aqui e no exterior, da festa Colors, que há dez anos tem se destacado como um dos melhores núcleos houseiros do país.


De novembro de 2008 pra cá as produções do selo foram lançadas no exterior por diferentes gravadoras, como a Midwest Hustle (de Atlanta), que lançou o EP “Nothing But Twisted”, a alemã Conya Records (pela qual saiu o EP “Long Live the King Crab”) e a australiana Beatcode, que em janeiro soltou para o mundo o remix de “Days Like This” do Jay West, assinado pelo Jota Wagner. “Long Live the King Crab” agradou em cheio os ouvidos de Andy Cato do Groove Armada e foi direto pra case dele. A mesma faixa arrancou também elogios de ninguém menos que o lendário Robert Owens, considerado por muitos como “a voz” da house music.


Já tem mais seis lançamentos agendados para este semestre, envolvendo as gravadoras Beatcode, Conya, o próprio selo Lunatic Jazz, e a brasileira Grooveland Music, que em junho lançara remix do Jota para faixa do produtor canadense Jay Tripwire. No segundo semestre também serão lançados discos pela Low Pressings UK.

Para conferir Jota Wagner em ação, dê uma olhada nas datas abaixo e aproveite pra ficar por dentro das novidades dos “house brothers” no blog Groovism:




06.4 - Wiener Bar - Jundiaí

10.4 - Colors Sound System @ Vegas Club

13.4 - Wiener Bar - Jundiai

20.4 - Wiener Bar - Jundiai

27.4 - Wiener Bar - Jundiai

01.5 - Colors Sound System @ Vegas Club

08.5 - Voyage @ Livraria da Esquina - SP

quarta-feira, 18 de março de 2009

Videos



conforme prometido, eis a cobertura da Colors de sexta passada!

mais videos em www.youtube.com/jotawagner

e tambem tem fotos no picasa da Colors, aqui.

domingo, 15 de março de 2009

Diario de Bordo - 13 de março


Seis e trinta da manhã. Uma centena de sobreviventes se reunia à frente da cabine e, ao contrário de muitos os públicos de ‘fim de festa’, boa parte deles tinha a aparência e a animação de quem havia acabado de acordar. Uma vibração que todo DJ daria duas dúzias de seus discos para ter. Musicalmente, acho que o final foi à altura. Excelentes faixas de nu disco lançadas pelo Wander e arrematadas por mim com clássicos da house music muito bem recebidos.



Foi o final perfeito para uma noite incrível. Falo da edição de março da Colors no Vegas Club. Após uma chuva torrencial que assolou o começo de noite e parando providencialmente lá pelas 11 da noite, o circo estava armado para mais uma festa, novamente contando com a parceria dos meninos da festa Baixaria na pista de baixo.



Um novo nome aflora no mundo da house underground. Funky, underground, bem pesquisada. O warm up de Felipe Paniago trouxe à tona uma antiga mania da Colors que estava meio esquecida. A de lançar ótimos nomes na cena brasileira e mostrar a música de algumas pessoas para um público ideal. Foi assim com Nego Moçambique, Marcio Vermelho, só para ficar nos mais notáveis. Pro Felipe, que deve estar lendo isso aqui, fica a dica: espalhe mais música pela net, mais sets disponíveis nos web sites especializados e fóruns.



O terceiro show do Colors Sound System também foi ótimo. O melhor, na minha opinião, já que o entrosamento com o Wander vai aumentando, suportado por 14 anos de trabalhos extra cabine juntos. Muita música de dar orgulho. De cabeça aqui vou destacar algumas, deixando a falas modéstia de lado para colocar aqui duas de minha autoria, sendo que uma, Assalt, foi sim uma das que melhor bateu na liga com o público e o meu remix para a faixa de Jay Tripwire, Dema, que sairá em breve pela Grooveland Music. Uma pegada funky para o deep perfeito de Jay. Brutality, do Prztz, Milton Jackson mais uma vez com a incrível Never Be Wrong, Hollaland do Joe Mull e Agoria (Dust) fora algumas das faixas que melhor fizeram sua função mística de manter o povo animado e dançante.



E como em todas as Colors, o público foi o responsável pelos momentos mais bacanas, com sua alegria, sua inteligência e cultura de pista. Eu, sinceramente, amo muito tudo isso. Atenção para o vídeo que postarei amanhãn e vejam se estou mentindo.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Novo EP nas lojas - funky house pá geral!

Já dá para ouvir e comprar o meu novo EP, o "Nothing But Twisted" pela gravadora Midwest Hustle Records, de Atlanta USA.

O nome veio de um comentário que o Henri Kohn, dono da gravadora Conya Records, fez de umas músicas que eu mandei pra ele pouco antes de me contratar: "Your music is twisted, alltough i like it".

O disco é inteiro numa linha mais funky house. Algumas faixas foram tocadas por alguns djs fodas, como o Hector Moralez e o Tommy Largo.

Entrou no catálogo da Stompy hoje, você pode escutar clicando aqui. Espero que gostem...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Novo Remix no mundo @ Beatcode Australia

Tem música nova no planeta.
Saiu esta semana na beatport um remix que eu fiz para o EP "Days Like This" do produtor Emjay Woka. O remix foi feito a pedido do pessoal da gravadora australiana Beatcode, do DJ Robbie Lowie.
A parceria ainda promete. Tem mais um remix meu entregue para o pessoal da cangurulândia, desta vez para adicionar um groove à banda electro Soul Puncherz. Alem disso, dia 27 de abril sai um EP lá, já tem um outro contratado para agosto e mais uma encomenda de músicas para o lendário Low Pressings, outro selo comandado pelo mesmo time.
Segue abaixo o player da Beatport para voce escutar o EP inteiro. É só clicar para comprar tambem!


Go to Beatport.comGet These TracksAdd This Player

terça-feira, 3 de março de 2009

A Bolha da Música Estourou?

É, definitivamente, muito louco trabalhar com música exatamente no meio desta revolução que está rolando no mercado, com internet, cópias grátis na bota e tudo o mais.
Às vezes me sinto grato por estar justamente no olho do furacão. Mas haja cabeça fria... principalmente para quem paga o próprio aluguel.
Tenho lido tudo o que encontro à respeito deste assunto. Desde ferramentas de divulgação como artista até novos formatos de venda de música no mercado. Hoje parei para bater um papo com o Nelsinho, dono da mais antiga loja de música alternativa de Jundiaí, uma espécie de Baratos Afins da terra da uva. Muitas dúvidas, pouquíssimas soluções.
Neste segundo eu tô achando que desde o Elvis Presley até os anos 90, a indústria da música criou um formato de venda que se transformou numa bolha. E não é que, como as bolhas de internet e a imobiliária... a bolha da indústria musical estourou?
Não há como negar que não existiu emprego mais fácil no mundo do que membro de banda de rock famosa no século passado. Álcool, droga, groupies à vontade, putaria 24 horas, dinheiro pingando na conta a cada minuto, todas as contas pagas pela gravadora que, além de sustentar vagabundo, ainda ganhava bilhões.
Numa história de 2.000 anos, somente nos últimos 40 um músico ganhour grana com venda de discos. Nos outros 1.960 um músico se sustentava tocando para burguesia cheia da grana. Isso era bom ou ruim? Muito bom? Ou muito ruim?
A próxima bolha a estourar pelo jeito vai ser a `bolha dos jogadores de futebol`. Os novos rockstars. Periga começarem a piratear genes de jogadores brilhantes e venderem para times como o Ituano ou o Oeste de Itápolis a preço de banana. Ou... no caso da era digital, de graça.
Espero de coração - pelo menos - estar vivo quando vier a calmaria.
Jota Wagner

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

presentão de quarta feira!!


De quando em quando caem em nossa mão alguns discos que, na primeira audição, já impressionam. São músicas que eu tenho certeza serão uma bomba atômica na pista de dança. Aqueles grooves em que fazem as pessoas gritarem logo depois da mixagem, rebolarem mais, rirem mais.

Hoje tive a sorte de pegar mais um Scud desses e posso dizem que não vejo a hora de chegar a próxima festa preu poder tocá-la. "Is That My Wig" é o novo lançamento da Wrong Recordings, selo de Asad Rizvi, que tambem assina a produção destas faixas.

O groove animado desde o primeiro beat serve de cama para uma construção extremamente moderna, limpa e cheia de cliquesinhos que te puxam pra cima. Grandes sacadas e uma qualidade técnica incrível. Não dá pra pensar em outra analogia que não sejam as explosivas e destruidoras de sempre: BOMBA!!

Outro excelente disco que acaba de chegar é o novo do Jay West pelo label Conya Records, aquele que lançou o meu Long Live The King Crab e que lança agora em abril maio o primeiro EP do Colors Sound System, parceria minha com o Wander.
A novidade aqui é o Jay, grande representante do funky / jackin house, caindo pruma pegada deep, sexy... com cara de fim de tarde na praia chapado até a orelha com dançando com a mão na cintura da mulher que você ama e que conheceu a 5 minutos atrás. o EP é o de número 33 do selo e tem três faixas, todas muito boas.
Para animar a festa, seguem dois videos ao vivo dos dois.
asad ao vivo na bulgaria:





e o jay west em buenos aires




domingo, 15 de fevereiro de 2009

Eu chamo de tecnologia

Sexta teve Colors. Foi linda! gente do bem demais dançando feito doido até alta madrugada, groove de primeira, som idem e muita animação, conversa, risada, jogação, pegação e demais experiências imprescindíveis a quem ainda não ficou velho.

Mas teve gente que não pode ir. Teve gente que não estava em São Paulo. Teve gente que optou ficar em casa mesmo.

Pois eu digo que, se você é uma dessas pessoas, seus problemas acabaram! Descobrimos sexta, durante a passagem de som e graças ao grande Jorge pai da Sofia que existe um website que transmite ao vivo os sets do Vegas, tanto da pista principal quanto da basement! é o Awdio.

Um puta site bacana, com diversos clubs e bares do mundo tudo. Eu mesmo já peguei um setzinho bacana de house dum bar / loja de discos dem Camdem Town e não vejo a hora de ter audiência virtual na próxima Colors, dia 13 de março. Aliás, o próprio Jorge me disse que ficou até as 5 curtindo a `festa à distância`, no melhor estilo Instituto Universal Brasileiro!!

Ouro!!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Novo Podcast No Ar: RRaurl.com

Tá no ar a nova edição do podcast Colors Church. Desta vez o convidado é o DJ Camilo Rocha, que fez um set especial de clássicos pra contrastar com as novidades que botamos no programa. Duas horas de bate-papo e boa música.


http://www.rraurl.com/podcasts/colorschurch

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Justice Seje Feita




Estes dias botei no meu twitter um tremendo bafon que rolou no portal da Beatport sobre o Justice. Acontece que eles são mais um caso de live p.a.s flagrados dando truque no público e fingindo tocar equipamentos desligados. Tal "denúncia" de fãs mais atentos já rolou com gente grande como Daft Punk - cujo live é comprovadamente programado do primeiro ao último beat. Aliás, um amigo extremamente confiável viu o show dos Chemichal Brothers do lado do palco nos Estados Unidos e jura que viu vários sinths simplesmente desligados.

Há muito tempo atrás, os amigos de chill out se lembrarão (caso haja serotonina) que sempre fui meio "pé atrás" para live performances. Na época, eu achava injustificável que música eletrônica, surgida e difundida pela nova era do DJ fosse ultrapassada por produtores que nada mais faziam do que levar parte do seu estudio para o palco. Era muito trabalho, muito equipamento, muito cabo pra pouquíssimo resultado em improvisação, enquanto um Disk Jockey tinha em seu case 80 discos de produtores diferentes que o permitiam ir para vários lados diferentes durante a discotecagem, um live p.a. era impreterivelmente amarrado a uma sequência de músicas pré estabelecidas e, devido ao hardware levado ao palco na época, preso aos mesmos timbres.

Para os não técnicos, segue um pequeno descritivo: num live p.a. o artista leva para o palco laptops com softwares de produção musical abertos e / ou si
ntetizadores e máquinas de fazer bateria já programadas em casa para casa música, que em 99,5% dos casos já tem uma sequência pré-estabelecida, um set list, pronta para o show. A lista de equipamentos pode ir do "mini" (laptop e um controlador midi), médio (um case com alguns sinths, bateria eletrônica e outros badulaques, como faz por exemplo o Nego Moçambique) e mega master (caso de gente como Antony Rother e Chemichal Brothers) que levam toneladas de equipamentos pra cima do palco.

palco. Depois te tudo montado, voce tem básicamente seus projetos de música abertos no palco onde você pode modificá-las. Dance music não tem segredo. Bateria + uma linha de baixo bacana + Sinteziadores, Vozes, samples, o que jogar na panela não desanda o angú se feito com talento. O que se faz num live p.a. é tentar modificar o que você já tem pronto no estuúdio com o máximo de originalidade ao sabor do público. Ou, se você que está fazendo 10 shows por mês, viajando de um lado pro outro, tá com dor de barriga, ou deprimido, ou de saco cheio, aperta o play e fica mexendo nuns knobs disponíveis, bolando um ueum ueum diferente enquanto reza para que o tempo passe rápido e o hotel seja bom.

Resumindo: se você tem uma banda de rock, pode fazer como o Nirvana no Brasil. Toca tudo errado, rasteja no palco e dá um outro tipo de, digamos, show. A música não vai sair. Já no caso de uma live performance existe uma possibilidade grande de você simplesmente apertar o play e fingir que está batucando no controlador, como fez o Justice.

E tudo isso me faz pensar nesta época atual, pós exumação do rock'n'roll, em que está na moda ter um live performance em formato de `banda de rock`. Basta olhar os indicados a melhor DJ no Guia da Folha: Boss In Drama, Roots Rock Revolution, Killer On The Dancefloor, The Twelves, Database, Sany Pitbull e DaDa ATtack.

Todos tem nome (em inglês de banda), tem cortes de cabelo de banda, usam camiseta de banda, tem logotipos de banda, atitude de banda de rock'n'roll. Sinal dos tempos e talvez a `final solution` pra recuperar os milhares de garotos que lotam as festas de rock na região da rua Augusta? Deus salve a Ableton, que tornou isso possível. Aliás, se você quiser entrar na onda e montar tambem sua banda de rocktrônico, é imprescindível que você conheça isso.

Hoje em dia obviamente sou bem menos crítico em relação aos live p.a. Tem as pessoas. O público quer ver e ouvir seu artista preferido no palco tocando as músicas do disco que ele tem em casa no melhor formato show do Raul Seixas. Se possível até cantar junto. Ainda é uma herança de 100 anos de uma mesma fórmula. Tambem acho que os produtores que não são DJs tem o direito de se divertir. Claro que tem!! Ninguem precisa ser obrigado a "virar" DJ só para se apresentar. E além do mais... se não houvesse live p.a. não haveria o já citado Nego Moçambique. E se não houvesse Nego Moçambique não haveria mais razão pra continuar. Portanto, que venham os live p.a.s.

No entanto, em meio a estas revoluções de microondas que acontecem todo ano desde que a internet virou hit, em meio a todos estes formatos e reformatos comandados quase que mais pela industria de software musical do que por qualquer outra coisa, ainda vejo no futuro o padrão Ritchie Hawtin como o que mais se aproxima do meu ideal. Ainda, um DJ. Sabe DJ? Estes que tem um montão de discos (ou arquivos) diferentes no case, esses que pegam 50 musicas e junta tudo transformando numa opera-jazz de duas, três, quatro horas de duração. Estes que fazem uma fuzão acidental, um easy listening pra chapado festeiro... um dance listening... um fuck listening... Para mim... mesmo hoje em dia, nunca existiu `a música do produtor Zé`, existem sempre `o set do DJ Zé` nos comentários da padoca pós festa ou no apartamento envodkado de alguem. Mas esta é pura e simplesmente a minha visão deste mundo nos dias de hoje. Pura e simplesmente uma invasão de roqueiros na minha festa de jazz. de dub, de soul... necessária provavelmente. Importante para trazer novas idéias, quebrar preconceitos, assim como chá de boldo pra fígado preguiçoso.

Antes que algum DJ recalcado por não tocar em lugar nenhum envie comentários esfuziantes e chorões levantando a bandeira da `verdadeira house music` já aviso. Passa reto, irmão, e vai deixar seu vomitório nostálgico em outro lugar. A idéia aqui é outra. é Zen. Eu duvido que o show de qualquer um dos rocktrônicos citados acima não seja bom ou, pelo menos, divertido. Até porque, qual DJ tradicional - destes de blusão, boné, camisa de label e case na mão - apareceu fazendo algo diferente em 2008? Nenhum. Portanto, é o que eu já disse. Sinal dos tempos.

A gente passou o ano todo tocando por ai. Traditional DJing, brother. CD, Disco e Mixer. E eu vi na cara de todo mundo na pista o quanto as pessoas gostam de groove. Quantos sorrisos de `puta que pariu, tinha quase me esquecido de como este groove é bom` eu vi e reconheci. Eu ví as pessoas gozarem na pista de dança. Porque eu sei que toda overdose de fórmulas músicais cria uma retaliação igualmente intensa no público. Porque existe Malú Magalhães e interesse por folk? Porque as pessoas estavam overdosadas de My Chemichal Romance, CPM 22 e outras porradarias ultra-saturadas. Aí, quem estava no lugar certo na hora certa se deu bem. Todo ouvido precisa descansar.

E por coincidência hoje eu lembrei de um dos maiores jazzistas lunáticos do meu tempo. Comprei um disco do Kevin Yost... Este cara entende o que eu quero. É um dos meus melhor amigos sem nunca ter me visto na vida. Para quem gosta de qualquer tipo de música: