presskit DJ Jota Wagner



terça-feira, 3 de março de 2009

A Bolha da Música Estourou?

É, definitivamente, muito louco trabalhar com música exatamente no meio desta revolução que está rolando no mercado, com internet, cópias grátis na bota e tudo o mais.
Às vezes me sinto grato por estar justamente no olho do furacão. Mas haja cabeça fria... principalmente para quem paga o próprio aluguel.
Tenho lido tudo o que encontro à respeito deste assunto. Desde ferramentas de divulgação como artista até novos formatos de venda de música no mercado. Hoje parei para bater um papo com o Nelsinho, dono da mais antiga loja de música alternativa de Jundiaí, uma espécie de Baratos Afins da terra da uva. Muitas dúvidas, pouquíssimas soluções.
Neste segundo eu tô achando que desde o Elvis Presley até os anos 90, a indústria da música criou um formato de venda que se transformou numa bolha. E não é que, como as bolhas de internet e a imobiliária... a bolha da indústria musical estourou?
Não há como negar que não existiu emprego mais fácil no mundo do que membro de banda de rock famosa no século passado. Álcool, droga, groupies à vontade, putaria 24 horas, dinheiro pingando na conta a cada minuto, todas as contas pagas pela gravadora que, além de sustentar vagabundo, ainda ganhava bilhões.
Numa história de 2.000 anos, somente nos últimos 40 um músico ganhour grana com venda de discos. Nos outros 1.960 um músico se sustentava tocando para burguesia cheia da grana. Isso era bom ou ruim? Muito bom? Ou muito ruim?
A próxima bolha a estourar pelo jeito vai ser a `bolha dos jogadores de futebol`. Os novos rockstars. Periga começarem a piratear genes de jogadores brilhantes e venderem para times como o Ituano ou o Oeste de Itápolis a preço de banana. Ou... no caso da era digital, de graça.
Espero de coração - pelo menos - estar vivo quando vier a calmaria.
Jota Wagner

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