Ontem, numa bela e fria tarde de inverno, sobre um deck bem bacana recheado de uma centena de pessoas, tive a missão de tocar discos para uma mistura de gente ambientada com um outro planeta da dance music. Uma geração que teve acesso aos beats e a cultura do DJ atraves da explosão comercial do estilo pos skol beats.
A geração Ibiza, Helvetia, Sirena, Jurerê & Camburiu. A geração do energetico, dos cruzeiros de navio tematicos.
Como todos os seres vivos dotados de racionalidade nascidos nos ultimos cem anos, eles querem se divertir.
No entanto, tão certo como quem nasce na França fala françês, este pessoal veio ao mundo (da musica de club) aprendendo que Te rem tem tem tem tem, vocais "sexy", timbres rasgados do electroclash e bootlegs de hits pop dos anos 80 são o que há de mais bacana.
Culpa de quem? A lista pode ser grande. Mas como não tenho tempo para filosofar por cinquenta paginas a fio, vou pelo lado mais simples. A culpa e do destino. As coisas foram se formando, se moldando, ano apos ano, ate que chegamos a este cenario de padronização da superficialidade.
Mas como uma tempestade que surpreende no mar, transformando o ceu azul engaivotado em um inferno negro em questao de minutos, a coisa se torna muito divertida quando aquele som, aquele timbre, aquele groove cai certo na hora certa, muda humores e mostra como e possivel comunicar-se atraves da musica.
Nestes dias eu me ligo no poder do deep house. No poder dos seus strings viajantes, sua vibração submaria e seus grooves que atravessam quase todos os preconceitos.
Grooves como estes:
Nestes momentos se entende o quão inexplicavel e o termo "groove". Nos lembramos de porque a musica atravessa todas as fronteiras e se comunica com o subconsciente do subsconsciente: os quadris!
shake shake shake.
ps: não achei o acento agudo nem a crase neste teclado! foi mal.
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