quarta-feira, 25 de março de 2009
Materia legal no Fiber On Line
Saiu esta esta semana no ótimo Fiber On Line um artigo falando sobre a Lunatic Jazz e tambem sobre este que humildemente vos escreve. Vale a pena conferir a matéria do Luis Depeche!
A casa agradece:
A casa agradece:
Entre os principais selos brasileiros dedicados à produção nacional de underground house está o Lunatic Jazz, criado pelo DJ e produtor Jota Wagner. Junto com o irmão e também DJ Wander A. , ele é responsável pelo sucesso, aqui e no exterior, da festa Colors, que há dez anos tem se destacado como um dos melhores núcleos houseiros do país.
De novembro de 2008 pra cá as produções do selo foram lançadas no exterior por diferentes gravadoras, como a Midwest Hustle (de Atlanta), que lançou o EP “Nothing But Twisted”, a alemã Conya Records (pela qual saiu o EP “Long Live the King Crab”) e a australiana Beatcode, que em janeiro soltou para o mundo o remix de “Days Like This” do Jay West, assinado pelo Jota Wagner. “Long Live the King Crab” agradou em cheio os ouvidos de Andy Cato do Groove Armada e foi direto pra case dele. A mesma faixa arrancou também elogios de ninguém menos que o lendário Robert Owens, considerado por muitos como “a voz” da house music.
Já tem mais seis lançamentos agendados para este semestre, envolvendo as gravadoras Beatcode, Conya, o próprio selo Lunatic Jazz, e a brasileira Grooveland Music, que em junho lançara remix do Jota para faixa do produtor canadense Jay Tripwire. No segundo semestre também serão lançados discos pela Low Pressings UK.
Para conferir Jota Wagner em ação, dê uma olhada nas datas abaixo e aproveite pra ficar por dentro das novidades dos “house brothers” no blog Groovism:
06.4 - Wiener Bar - Jundiaí
10.4 - Colors Sound System @ Vegas Club
13.4 - Wiener Bar - Jundiai
20.4 - Wiener Bar - Jundiai
27.4 - Wiener Bar - Jundiai
01.5 - Colors Sound System @ Vegas Club
08.5 - Voyage @ Livraria da Esquina - SP
De novembro de 2008 pra cá as produções do selo foram lançadas no exterior por diferentes gravadoras, como a Midwest Hustle (de Atlanta), que lançou o EP “Nothing But Twisted”, a alemã Conya Records (pela qual saiu o EP “Long Live the King Crab”) e a australiana Beatcode, que em janeiro soltou para o mundo o remix de “Days Like This” do Jay West, assinado pelo Jota Wagner. “Long Live the King Crab” agradou em cheio os ouvidos de Andy Cato do Groove Armada e foi direto pra case dele. A mesma faixa arrancou também elogios de ninguém menos que o lendário Robert Owens, considerado por muitos como “a voz” da house music.
Já tem mais seis lançamentos agendados para este semestre, envolvendo as gravadoras Beatcode, Conya, o próprio selo Lunatic Jazz, e a brasileira Grooveland Music, que em junho lançara remix do Jota para faixa do produtor canadense Jay Tripwire. No segundo semestre também serão lançados discos pela Low Pressings UK.
Para conferir Jota Wagner em ação, dê uma olhada nas datas abaixo e aproveite pra ficar por dentro das novidades dos “house brothers” no blog Groovism:
06.4 - Wiener Bar - Jundiaí
10.4 - Colors Sound System @ Vegas Club
13.4 - Wiener Bar - Jundiai
20.4 - Wiener Bar - Jundiai
27.4 - Wiener Bar - Jundiai
01.5 - Colors Sound System @ Vegas Club
08.5 - Voyage @ Livraria da Esquina - SP
quarta-feira, 18 de março de 2009
Videos
conforme prometido, eis a cobertura da Colors de sexta passada!
mais videos em www.youtube.com/jotawagner
e tambem tem fotos no picasa da Colors, aqui.
domingo, 15 de março de 2009
Diario de Bordo - 13 de março
Seis e trinta da manhã. Uma centena de sobreviventes se reunia à frente da cabine e, ao contrário de muitos os públicos de ‘fim de festa’, boa parte deles tinha a aparência e a animação de quem havia acabado de acordar. Uma vibração que todo DJ daria duas dúzias de seus discos para ter. Musicalmente, acho que o final foi à altura. Excelentes faixas de nu disco lançadas pelo Wander e arrematadas por mim com clássicos da house music muito bem recebidos.
Foi o final perfeito para uma noite incrível. Falo da edição de março da Colors no Vegas Club. Após uma chuva torrencial que assolou o começo de noite e parando providencialmente lá pelas 11 da noite, o circo estava armado para mais uma festa, novamente contando com a parceria dos meninos da festa Baixaria na pista de baixo.
Um novo nome aflora no mundo da house underground. Funky, underground, bem pesquisada. O warm up de Felipe Paniago trouxe à tona uma antiga mania da Colors que estava meio esquecida. A de lançar ótimos nomes na cena brasileira e mostrar a música de algumas pessoas para um público ideal. Foi assim com Nego Moçambique, Marcio Vermelho, só para ficar nos mais notáveis. Pro Felipe, que deve estar lendo isso aqui, fica a dica: espalhe mais música pela net, mais sets disponíveis nos web sites especializados e fóruns.
O terceiro show do Colors Sound System também foi ótimo. O melhor, na minha opinião, já que o entrosamento com o Wander vai aumentando, suportado por 14 anos de trabalhos extra cabine juntos. Muita música de dar orgulho. De cabeça aqui vou destacar algumas, deixando a falas modéstia de lado para colocar aqui duas de minha autoria, sendo que uma, Assalt, foi sim uma das que melhor bateu na liga com o público e o meu remix para a faixa de Jay Tripwire, Dema, que sairá em breve pela Grooveland Music. Uma pegada funky para o deep perfeito de Jay. Brutality, do Prztz, Milton Jackson mais uma vez com a incrível Never Be Wrong, Hollaland do Joe Mull e Agoria (Dust) fora algumas das faixas que melhor fizeram sua função mística de manter o povo animado e dançante.
E como em todas as Colors, o público foi o responsável pelos momentos mais bacanas, com sua alegria, sua inteligência e cultura de pista. Eu, sinceramente, amo muito tudo isso. Atenção para o vídeo que postarei amanhãn e vejam se estou mentindo.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Novo EP nas lojas - funky house pá geral!
Já dá para ouvir e comprar o meu novo EP, o "Nothing But Twisted" pela gravadora Midwest Hustle Records, de Atlanta USA.
O nome veio de um comentário que o Henri Kohn, dono da gravadora Conya Records, fez de umas músicas que eu mandei pra ele pouco antes de me contratar: "Your music is twisted, alltough i like it".
O disco é inteiro numa linha mais funky house. Algumas faixas foram tocadas por alguns djs fodas, como o Hector Moralez e o Tommy Largo.
Entrou no catálogo da Stompy hoje, você pode escutar clicando aqui. Espero que gostem...
segunda-feira, 9 de março de 2009
Novo Remix no mundo @ Beatcode Australia
Tem música nova no planeta.
Saiu esta semana na beatport um remix que eu fiz para o EP "Days Like This" do produtor Emjay Woka. O remix foi feito a pedido do pessoal da gravadora australiana Beatcode, do DJ Robbie Lowie.
A parceria ainda promete. Tem mais um remix meu entregue para o pessoal da cangurulândia, desta vez para adicionar um groove à banda electro Soul Puncherz. Alem disso, dia 27 de abril sai um EP lá, já tem um outro contratado para agosto e mais uma encomenda de músicas para o lendário Low Pressings, outro selo comandado pelo mesmo time.
Segue abaixo o player da Beatport para voce escutar o EP inteiro. É só clicar para comprar tambem!
terça-feira, 3 de março de 2009
A Bolha da Música Estourou?
É, definitivamente, muito louco trabalhar com música exatamente no meio desta revolução que está rolando no mercado, com internet, cópias grátis na bota e tudo o mais.
Às vezes me sinto grato por estar justamente no olho do furacão. Mas haja cabeça fria... principalmente para quem paga o próprio aluguel.
Tenho lido tudo o que encontro à respeito deste assunto. Desde ferramentas de divulgação como artista até novos formatos de venda de música no mercado. Hoje parei para bater um papo com o Nelsinho, dono da mais antiga loja de música alternativa de Jundiaí, uma espécie de Baratos Afins da terra da uva. Muitas dúvidas, pouquíssimas soluções.
Neste segundo eu tô achando que desde o Elvis Presley até os anos 90, a indústria da música criou um formato de venda que se transformou numa bolha. E não é que, como as bolhas de internet e a imobiliária... a bolha da indústria musical estourou?
Não há como negar que não existiu emprego mais fácil no mundo do que membro de banda de rock famosa no século passado. Álcool, droga, groupies à vontade, putaria 24 horas, dinheiro pingando na conta a cada minuto, todas as contas pagas pela gravadora que, além de sustentar vagabundo, ainda ganhava bilhões.
Numa história de 2.000 anos, somente nos últimos 40 um músico ganhour grana com venda de discos. Nos outros 1.960 um músico se sustentava tocando para burguesia cheia da grana. Isso era bom ou ruim? Muito bom? Ou muito ruim?
A próxima bolha a estourar pelo jeito vai ser a `bolha dos jogadores de futebol`. Os novos rockstars. Periga começarem a piratear genes de jogadores brilhantes e venderem para times como o Ituano ou o Oeste de Itápolis a preço de banana. Ou... no caso da era digital, de graça.
Espero de coração - pelo menos - estar vivo quando vier a calmaria.
Jota Wagner
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
presentão de quarta feira!!
De quando em quando caem em nossa mão alguns discos que, na primeira audição, já impressionam. São músicas que eu tenho certeza serão uma bomba atômica na pista de dança. Aqueles grooves em que fazem as pessoas gritarem logo depois da mixagem, rebolarem mais, rirem mais.
Hoje tive a sorte de pegar mais um Scud desses e posso dizem que não vejo a hora de chegar a próxima festa preu poder tocá-la. "Is That My Wig" é o novo lançamento da Wrong Recordings, selo de Asad Rizvi, que tambem assina a produção destas faixas.
O groove animado desde o primeiro beat serve de cama para uma construção extremamente moderna, limpa e cheia de cliquesinhos que te puxam pra cima. Grandes sacadas e uma qualidade técnica incrível. Não dá pra pensar em outra analogia que não sejam as explosivas e destruidoras de sempre: BOMBA!!
Outro excelente disco que acaba de chegar é o novo do Jay West pelo label Conya Records, aquele que lançou o meu Long Live The King Crab e que lança agora em abril maio o primeiro EP do Colors Sound System, parceria minha com o Wander.
A novidade aqui é o Jay, grande representante do funky / jackin house, caindo pruma pegada deep, sexy... com cara de fim de tarde na praia chapado até a orelha com dançando com a mão na cintura da mulher que você ama e que conheceu a 5 minutos atrás. o EP é o de número 33 do selo e tem três faixas, todas muito boas.
Para animar a festa, seguem dois videos ao vivo dos dois.
asad ao vivo na bulgaria:
e o jay west em buenos aires
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Eu chamo de tecnologia
Sexta teve Colors. Foi linda! gente do bem demais dançando feito doido até alta madrugada, groove de primeira, som idem e muita animação, conversa, risada, jogação, pegação e demais experiências imprescindíveis a quem ainda não ficou velho.
Mas teve gente que não pode ir. Teve gente que não estava em São Paulo. Teve gente que optou ficar em casa mesmo.
Pois eu digo que, se você é uma dessas pessoas, seus problemas acabaram! Descobrimos sexta, durante a passagem de som e graças ao grande Jorge pai da Sofia que existe um website que transmite ao vivo os sets do Vegas, tanto da pista principal quanto da basement! é o Awdio.
Um puta site bacana, com diversos clubs e bares do mundo tudo. Eu mesmo já peguei um setzinho bacana de house dum bar / loja de discos dem Camdem Town e não vejo a hora de ter audiência virtual na próxima Colors, dia 13 de março. Aliás, o próprio Jorge me disse que ficou até as 5 curtindo a `festa à distância`, no melhor estilo Instituto Universal Brasileiro!!
Ouro!!
Mas teve gente que não pode ir. Teve gente que não estava em São Paulo. Teve gente que optou ficar em casa mesmo.
Pois eu digo que, se você é uma dessas pessoas, seus problemas acabaram! Descobrimos sexta, durante a passagem de som e graças ao grande Jorge pai da Sofia que existe um website que transmite ao vivo os sets do Vegas, tanto da pista principal quanto da basement! é o Awdio.
Um puta site bacana, com diversos clubs e bares do mundo tudo. Eu mesmo já peguei um setzinho bacana de house dum bar / loja de discos dem Camdem Town e não vejo a hora de ter audiência virtual na próxima Colors, dia 13 de março. Aliás, o próprio Jorge me disse que ficou até as 5 curtindo a `festa à distância`, no melhor estilo Instituto Universal Brasileiro!!
Ouro!!
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Novo Podcast No Ar: RRaurl.com
Tá no ar a nova edição do podcast Colors Church. Desta vez o convidado é o DJ Camilo Rocha, que fez um set especial de clássicos pra contrastar com as novidades que botamos no programa. Duas horas de bate-papo e boa música.
http://www.rraurl.com/podcasts/colorschurch
http://www.rraurl.com/podcasts/colorschurch
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Justice Seje Feita
Estes dias botei no meu twitter um tremendo bafon que rolou no portal da Beatport sobre o Justice. Acontece que eles são mais um caso de live p.a.s flagrados dando truque no público e fingindo tocar equipamentos desligados. Tal "denúncia" de fãs mais atentos já rolou com gente grande como Daft Punk - cujo live é comprovadamente programado do primeiro ao último beat. Aliás, um amigo extremamente confiável viu o show dos Chemichal Brothers do lado do palco nos Estados Unidos e jura que viu vários sinths simplesmente desligados.
Há muito tempo atrás, os amigos de chill out se lembrarão (caso haja serotonina) que sempre fui meio "pé atrás" para live performances. Na época, eu achava injustificável que música eletrônica, surgida e difundida pela nova era do DJ fosse ultrapassada por produtores que nada mais faziam do que levar parte do seu estudio para o palco. Era muito trabalho, muito equipamento, muito cabo pra pouquíssimo resultado em improvisação, enquanto um Disk Jockey tinha em seu case 80 discos de produtores diferentes que o permitiam ir para vários lados diferentes durante a discotecagem, um live p.a. era impreterivelmente amarrado a uma sequência de músicas pré estabelecidas e, devido ao hardware levado ao palco na época, preso aos mesmos timbres.
Para os não técnicos, segue um pequeno descritivo: num live p.a. o artista leva para o palco laptops com softwares de produção musical abertos e / ou sintetizadores e máquinas de fazer bateria já programadas em casa para casa música, que em 99,5% dos casos já tem uma sequência pré-estabelecida, um set list, pronta para o show. A lista de equipamentos pode ir do "mini" (laptop e um controlador midi), médio (um case com alguns sinths, bateria eletrônica e outros badulaques, como faz por exemplo o Nego Moçambique) e mega master (caso de gente como Antony Rother e Chemichal Brothers) que levam toneladas de equipamentos pra cima do palco.
Há muito tempo atrás, os amigos de chill out se lembrarão (caso haja serotonina) que sempre fui meio "pé atrás" para live performances. Na época, eu achava injustificável que música eletrônica, surgida e difundida pela nova era do DJ fosse ultrapassada por produtores que nada mais faziam do que levar parte do seu estudio para o palco. Era muito trabalho, muito equipamento, muito cabo pra pouquíssimo resultado em improvisação, enquanto um Disk Jockey tinha em seu case 80 discos de produtores diferentes que o permitiam ir para vários lados diferentes durante a discotecagem, um live p.a. era impreterivelmente amarrado a uma sequência de músicas pré estabelecidas e, devido ao hardware levado ao palco na época, preso aos mesmos timbres.
Para os não técnicos, segue um pequeno descritivo: num live p.a. o artista leva para o palco laptops com softwares de produção musical abertos e / ou sintetizadores e máquinas de fazer bateria já programadas em casa para casa música, que em 99,5% dos casos já tem uma sequência pré-estabelecida, um set list, pronta para o show. A lista de equipamentos pode ir do "mini" (laptop e um controlador midi), médio (um case com alguns sinths, bateria eletrônica e outros badulaques, como faz por exemplo o Nego Moçambique) e mega master (caso de gente como Antony Rother e Chemichal Brothers) que levam toneladas de equipamentos pra cima do palco.
palco. Depois te tudo montado, voce tem básicamente seus projetos de música abertos no palco onde você pode modificá-las. Dance music não tem segredo. Bateria + uma linha de baixo bacana + Sinteziadores, Vozes, samples, o que jogar na panela não desanda o angú se feito com talento. O que se faz num live p.a. é tentar modificar o que você já tem pronto no estuúdio com o máximo de originalidade ao sabor do público. Ou, se você que está fazendo 10 shows por mês, viajando de um lado pro outro, tá com dor de barriga, ou deprimido, ou de saco cheio, aperta o play e fica mexendo nuns knobs disponíveis, bolando um ueum ueum diferente enquanto reza para que o tempo passe rápido e o hotel seja bom.
Resumindo: se você tem uma banda de rock, pode fazer como o Nirvana no Brasil. Toca tudo errado, rasteja no palco e dá um outro tipo de, digamos, show. A música não vai sair. Já no caso de uma live performance existe uma possibilidade grande de você simplesmente apertar o play e fingir que está batucando no controlador, como fez o Justice.
E tudo isso me faz pensar nesta época atual, pós exumação do rock'n'roll, em que está na moda ter um live performance em formato de `banda de rock`. Basta olhar os indicados a melhor DJ no Guia da Folha: Boss In Drama, Roots Rock Revolution, Killer On The Dancefloor, The Twelves, Database, Sany Pitbull e DaDa ATtack.
Todos tem nome (em inglês de banda), tem cortes de cabelo de banda, usam camiseta de banda, tem logotipos de banda, atitude de banda de rock'n'roll. Sinal dos tempos e talvez a `final solution` pra recuperar os milhares de garotos que lotam as festas de rock na região da rua Augusta? Deus salve a Ableton, que tornou isso possível. Aliás, se você quiser entrar na onda e montar tambem sua banda de rocktrônico, é imprescindível que você conheça isso.
Hoje em dia obviamente sou bem menos crítico em relação aos live p.a. Tem as pessoas. O público quer ver e ouvir seu artista preferido no palco tocando as músicas do disco que ele tem em casa no melhor formato show do Raul Seixas. Se possível até cantar junto. Ainda é uma herança de 100 anos de uma mesma fórmula. Tambem acho que os produtores que não são DJs tem o direito de se divertir. Claro que tem!! Ninguem precisa ser obrigado a "virar" DJ só para se apresentar. E além do mais... se não houvesse live p.a. não haveria o já citado Nego Moçambique. E se não houvesse Nego Moçambique não haveria mais razão pra continuar. Portanto, que venham os live p.a.s.
No entanto, em meio a estas revoluções de microondas que acontecem todo ano desde que a internet virou hit, em meio a todos estes formatos e reformatos comandados quase que mais pela industria de software musical do que por qualquer outra coisa, ainda vejo no futuro o padrão Ritchie Hawtin como o que mais se aproxima do meu ideal. Ainda, um DJ. Sabe DJ? Estes que tem um montão de discos (ou arquivos) diferentes no case, esses que pegam 50 musicas e junta tudo transformando numa opera-jazz de duas, três, quatro horas de duração. Estes que fazem uma fuzão acidental, um easy listening pra chapado festeiro... um dance listening... um fuck listening... Para mim... mesmo hoje em dia, nunca existiu `a música do produtor Zé`, existem sempre `o set do DJ Zé` nos comentários da padoca pós festa ou no apartamento envodkado de alguem. Mas esta é pura e simplesmente a minha visão deste mundo nos dias de hoje. Pura e simplesmente uma invasão de roqueiros na minha festa de jazz. de dub, de soul... necessária provavelmente. Importante para trazer novas idéias, quebrar preconceitos, assim como chá de boldo pra fígado preguiçoso.
Antes que algum DJ recalcado por não tocar em lugar nenhum envie comentários esfuziantes e chorões levantando a bandeira da `verdadeira house music` já aviso. Passa reto, irmão, e vai deixar seu vomitório nostálgico em outro lugar. A idéia aqui é outra. é Zen. Eu duvido que o show de qualquer um dos rocktrônicos citados acima não seja bom ou, pelo menos, divertido. Até porque, qual DJ tradicional - destes de blusão, boné, camisa de label e case na mão - apareceu fazendo algo diferente em 2008? Nenhum. Portanto, é o que eu já disse. Sinal dos tempos.
A gente passou o ano todo tocando por ai. Traditional DJing, brother. CD, Disco e Mixer. E eu vi na cara de todo mundo na pista o quanto as pessoas gostam de groove. Quantos sorrisos de `puta que pariu, tinha quase me esquecido de como este groove é bom` eu vi e reconheci. Eu ví as pessoas gozarem na pista de dança. Porque eu sei que toda overdose de fórmulas músicais cria uma retaliação igualmente intensa no público. Porque existe Malú Magalhães e interesse por folk? Porque as pessoas estavam overdosadas de My Chemichal Romance, CPM 22 e outras porradarias ultra-saturadas. Aí, quem estava no lugar certo na hora certa se deu bem. Todo ouvido precisa descansar.
E por coincidência hoje eu lembrei de um dos maiores jazzistas lunáticos do meu tempo. Comprei um disco do Kevin Yost... Este cara entende o que eu quero. É um dos meus melhor amigos sem nunca ter me visto na vida. Para quem gosta de qualquer tipo de música:
Resumindo: se você tem uma banda de rock, pode fazer como o Nirvana no Brasil. Toca tudo errado, rasteja no palco e dá um outro tipo de, digamos, show. A música não vai sair. Já no caso de uma live performance existe uma possibilidade grande de você simplesmente apertar o play e fingir que está batucando no controlador, como fez o Justice.
E tudo isso me faz pensar nesta época atual, pós exumação do rock'n'roll, em que está na moda ter um live performance em formato de `banda de rock`. Basta olhar os indicados a melhor DJ no Guia da Folha: Boss In Drama, Roots Rock Revolution, Killer On The Dancefloor, The Twelves, Database, Sany Pitbull e DaDa ATtack.
Todos tem nome (em inglês de banda), tem cortes de cabelo de banda, usam camiseta de banda, tem logotipos de banda, atitude de banda de rock'n'roll. Sinal dos tempos e talvez a `final solution` pra recuperar os milhares de garotos que lotam as festas de rock na região da rua Augusta? Deus salve a Ableton, que tornou isso possível. Aliás, se você quiser entrar na onda e montar tambem sua banda de rocktrônico, é imprescindível que você conheça isso.
Hoje em dia obviamente sou bem menos crítico em relação aos live p.a. Tem as pessoas. O público quer ver e ouvir seu artista preferido no palco tocando as músicas do disco que ele tem em casa no melhor formato show do Raul Seixas. Se possível até cantar junto. Ainda é uma herança de 100 anos de uma mesma fórmula. Tambem acho que os produtores que não são DJs tem o direito de se divertir. Claro que tem!! Ninguem precisa ser obrigado a "virar" DJ só para se apresentar. E além do mais... se não houvesse live p.a. não haveria o já citado Nego Moçambique. E se não houvesse Nego Moçambique não haveria mais razão pra continuar. Portanto, que venham os live p.a.s.
No entanto, em meio a estas revoluções de microondas que acontecem todo ano desde que a internet virou hit, em meio a todos estes formatos e reformatos comandados quase que mais pela industria de software musical do que por qualquer outra coisa, ainda vejo no futuro o padrão Ritchie Hawtin como o que mais se aproxima do meu ideal. Ainda, um DJ. Sabe DJ? Estes que tem um montão de discos (ou arquivos) diferentes no case, esses que pegam 50 musicas e junta tudo transformando numa opera-jazz de duas, três, quatro horas de duração. Estes que fazem uma fuzão acidental, um easy listening pra chapado festeiro... um dance listening... um fuck listening... Para mim... mesmo hoje em dia, nunca existiu `a música do produtor Zé`, existem sempre `o set do DJ Zé` nos comentários da padoca pós festa ou no apartamento envodkado de alguem. Mas esta é pura e simplesmente a minha visão deste mundo nos dias de hoje. Pura e simplesmente uma invasão de roqueiros na minha festa de jazz. de dub, de soul... necessária provavelmente. Importante para trazer novas idéias, quebrar preconceitos, assim como chá de boldo pra fígado preguiçoso.
Antes que algum DJ recalcado por não tocar em lugar nenhum envie comentários esfuziantes e chorões levantando a bandeira da `verdadeira house music` já aviso. Passa reto, irmão, e vai deixar seu vomitório nostálgico em outro lugar. A idéia aqui é outra. é Zen. Eu duvido que o show de qualquer um dos rocktrônicos citados acima não seja bom ou, pelo menos, divertido. Até porque, qual DJ tradicional - destes de blusão, boné, camisa de label e case na mão - apareceu fazendo algo diferente em 2008? Nenhum. Portanto, é o que eu já disse. Sinal dos tempos.
A gente passou o ano todo tocando por ai. Traditional DJing, brother. CD, Disco e Mixer. E eu vi na cara de todo mundo na pista o quanto as pessoas gostam de groove. Quantos sorrisos de `puta que pariu, tinha quase me esquecido de como este groove é bom` eu vi e reconheci. Eu ví as pessoas gozarem na pista de dança. Porque eu sei que toda overdose de fórmulas músicais cria uma retaliação igualmente intensa no público. Porque existe Malú Magalhães e interesse por folk? Porque as pessoas estavam overdosadas de My Chemichal Romance, CPM 22 e outras porradarias ultra-saturadas. Aí, quem estava no lugar certo na hora certa se deu bem. Todo ouvido precisa descansar.
E por coincidência hoje eu lembrei de um dos maiores jazzistas lunáticos do meu tempo. Comprei um disco do Kevin Yost... Este cara entende o que eu quero. É um dos meus melhor amigos sem nunca ter me visto na vida. Para quem gosta de qualquer tipo de música:
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